Destaques da política: Brasil e mundo – 03.05.2025

O melhor da semana na política: Brasil e mundo

Brasil

Imposto de Renda: PL 1087/25 propõe isenção para quem ganha até R$ 5 mil e pode beneficiar milhões de trabalhadores formais

Está tramitando na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 1087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil. Atualmente, estão isentos apenas os que recebem até R$ 2.259,20, com um ajuste feito via desconto automático de R$ 564,80, que garante isenção prática a quem ganha até R$ 2.824 — o equivalente a dois salários mínimos.

A proposta, de forte apelo popular e impacto direto no bolso do trabalhador assalariado, surge em meio ao debate sobre justiça tributária e a necessidade de recompor o poder de compra da classe média e da base da pirâmide salarial brasileira, fortemente afetada pela inflação nos últimos anos.

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Senado analisa criação de Frente Parlamentar para exploração de petróleo na Margem Equatorial; consulta pública sugere contrariedade da população

senado

Nesta segunda-feira (29), a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal analisou o Projeto de Resolução do Senado nº 2, de 2025, que propõe a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Exploração de Petróleo na Margem Equatorial do Brasil. De autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) e outros seis parlamentares, a proposta tem como objetivo fortalecer o apoio legislativo à exploração de petróleo na região e priorizar o desenvolvimento econômico no Norte do país.

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Governo estuda substituir vale-refeição por Pix; iniciativa causa queda nas ações de gigantes europeias do setor

governo, pix

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem avaliado a proposta de substituir o atual modelo de vale-refeição por pagamentos diretos via Pix, medida que pode revolucionar o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e impactar profundamente o mercado de benefícios corporativos no Brasil. A especulação provocou uma reação imediata no mercado financeiro europeu: as ações das gigantes Edenred e Pluxee desabaram na última sexta-feira (25).

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Concorrência pelo mundo – 03.05.2025

Informativo semanal de defesa da concorrência no Brasil e no mundo.

Brasil

CADE analisa aquisição da Equatorial Transmissão por gigante canadense do setor elétrico

CADE analisa aquisição da Equatorial Transmissão por gigante canadense do setor elétrico

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) começou a analisar, na última terça-feira (22), o Ato de Concentração nº 08700.004282/2025-03, abrangendo o setor de energia elétrica. A operação envolve a aquisição da Equatorial Transmissão S.A. pela empresa Infraestrutura e Energia Brasil S.A., uma holding controlada pela canadense Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ) — um dos maiores fundos de investimento institucional do mundo.

O processo está sendo conduzido em rito sumário, modalidade destinada a operações com baixo risco concorrencial. A operação prevê a transferência de 100% das ações da Equatorial Transmissão, atualmente detidas pela Equatorial Energia S.A.

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CADE abre ato de concentração referente à aquisição da Suvinil 

CADE

Na última quarta-feira (23), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) abriu Ato de Concentração nº 08700.004322/2025-17, referente à fusão entre a Sherwin-Williams do Brasil Indústria e Comércio Ltda. e a Suvinil Coatings S.A. De acordo com o formulário de notificação apresentado pelas referentes à autarquia, a operação não apresenta perigos concorrenciais relevantes ao mercado de tintas, apesar de resultar em sobreposição horizontal em um dos setores afetados.

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Viagem garantida: CADE dá luz verde para a compra da Decolar pela Prosus

Viagem garantida: CADE dá luz verde para a compra da Decolar pela Prosus

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou, sem restrições, a aquisição da Despegar.com Corp., conhecida no Brasil pela marca Decolar, pela holding MIH Internet Holdings B.V., integrante do grupo Prosus. A operação, no valor aproximado de US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 10,5 bilhões), marca a entrada definitiva da Prosus no mercado de tecnologia de viagens na América Latina​.

Segundo as empresas, a compra da Decolar fortalece o portfólio da Prosus na região, trazendo sinergias estratégicas e tecnológicas, além de potencializar as soluções oferecidas aos consumidores.

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Imposto de Renda: PL 1087/25 propõe isenção para quem ganha até R$ 5 mil e pode beneficiar milhões de trabalhadores formais

Brasília, 30/04/2025

Está tramitando na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 1087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil. Atualmente, estão isentos apenas os que recebem até R$ 2.259,20, com um ajuste feito via desconto automático de R$ 564,80, que garante isenção prática a quem ganha até R$ 2.824 — o equivalente a dois salários mínimos.

A proposta, de forte apelo popular e impacto direto no bolso do trabalhador assalariado, surge em meio ao debate sobre justiça tributária e a necessidade de recompor o poder de compra da classe média e da base da pirâmide salarial brasileira, fortemente afetada pela inflação nos últimos anos.

No entanto, a medida não deixou de ser criticada pelos setores econômicos afetados. Segundo estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara (Conof), a ampliação da faixa de isenção acarretará uma perda líquida de R$ 2,9 bilhões para estados e municípios, com efeitos significativos sobre o financiamento de políticas públicas de âmbito local.

Trabalhadores formais devem ser os principais beneficiados

A proposta tem como alvo principal os trabalhadores formais — especialmente os que recebem entre R$ 2.824 e R$ 5.000 mensais —, parcela da população que ainda hoje sofre com a tributação regressiva no país. A mudança pode representar um alívio significativo no orçamento doméstico, estimulando maior movimentação no consumo e até regular de forma mais ampla a quitação de dívidas no país.

Embora o PL 1087/25 ainda esteja em tramitação, ele se insere em um contexto mais amplo de reforma tributária em curso no país. Foto: Pexels

Impacto fiscal: estados e municípios poderão ser afetados

O estudo técnico da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados indica que a proposta afetará principalmente a arrecadação via Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre os salários dos servidores públicos. A estimativa é de R$ 11,2 bilhões em perdas brutas, sendo R$ 5,7 bilhões nos estados e R$ 5,5 bilhões nos municípios.

Entretanto, o parecer também aponta uma possível compensação parcial via aumento nas transferências constitucionais aos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM). Segundo os técnicos da Conof, o impacto combinado entre as perdas da isenção para rendas de até R$ 7 mil (R$ 7,1 bilhões) e o ganho com a tributação de rendas mais altas (R$ 15,3 bilhões) pode gerar um acréscimo líquido de R$ 8,2 bilhões nesses fundos.

Reforma tributária por dentro: justiça fiscal e redistribuição de renda

Embora o PL 1087/25 ainda esteja em tramitação, ele se insere em um contexto mais amplo de reforma tributária em curso no país, que busca ampliar a progressividade da carga tributária, onerando menos os salários médios e baixos e tributando mais as altas rendas e patrimônios.

O projeto também deve alimentar discussões sobre o federalismo fiscal brasileiro, já que estados e municípios continuam fortemente dependentes de transferências da União e da arrecadação vinculada à folha de pagamento.

O projeto a partir de agora: como fica o imposto de renda?

O texto ainda não foi votado nas comissões da Câmara e deverá enfrentar negociações intensas com a equipe econômica do governo, que tenta equilibrar o desejo de ampliar a justiça fiscal com a necessidade de manter o equilíbrio das contas públicas.

Enquanto isso, trabalhadores, sindicatos, gestores públicos e entidades da sociedade civil acompanham com atenção os desdobramentos da proposta. A medida poderá, caso aprovada, transformar de forma significativa a relação entre o Estado e os assalariados brasileiros, trazendo alívio no curto prazo, mas exigindo responsabilidade fiscal e planejamento no médio e longo prazos.

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ANS aprova novas coberturas para medicamentos já disponíveis no SUS

Brasília, 30 de abril de 2025

Na 621ª Reunião da Diretoria Colegiada, realizada nesta segunda-feira (28), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a ampliação da cobertura de dois medicamentos importantes para usuários de planos de saúde. A decisão foi baseada em recomendações positivas da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e em tecnologias já incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O primeiro deles é o Nirsevimabe, indicado para prevenir infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR). A cobertura do medicamento foi estendida para crianças menores de dois anos com comorbidades como anomalias congênitas das vias aéreas, doença neuromuscular, fibrose cística, imunocomprometimento ou síndrome de Down.

Já o Ganciclovir teve sua cobertura ampliada para três usos distintos no contexto de transplantes: profilaxia, terapia preemptiva e tratamento de infecções por citomegalovírus (CMV), especialmente em casos de transplante de órgãos sólidos (TOS) e de células-tronco hematopoiéticas (TCTH).

SUS como bússola para decisões na saúde suplementar

A decisão da ANS confirma uma tendência que vem se consolidando nos últimos anos. Quando uma tecnologia é incorporada ao SUS, ela costuma servir de referência para o que deve ser oferecido também pelos planos de saúde. A lógica por trás disso é simples: se o sistema público já avaliou, aprovou e disponibilizou o recurso, o setor suplementar tende a seguir o mesmo caminho.

Essa aproximação entre as decisões do SUS e da ANS traz impactos relevantes. Por um lado, pode significar mais acesso a tratamentos modernos e eficazes para usuários de planos. Por outro, exige atenção ao equilíbrio econômico-financeiro do setor privado, já que muitos desses medicamentos envolvem custos elevados.

Transplantes raros? Só quando o SUS der o primeiro passo

Tecnologias incorporadas ao SUS ajudam a guiar o que deve ser oferecido pelos planos. Imagem: Getty Images

Na mesma reunião, a ANS deliberou que os transplantes de intestino delgado e multivisceral só serão analisados para possível inclusão no rol de coberturas depois que estiverem sendo efetivamente ofertados pelo SUS.

Com isso, a agência deixa claro que não pretende exigir dos planos de saúde a cobertura de procedimentos que ainda não são realidade no sistema público. A decisão traz mais previsibilidade para o setor e evita pressões indevidas sobre as operadoras de planos.

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ANTT conversa com os brasileiros para expandir malha ferroviária nacional

ANTAQ inaugura leilões de 2025 com concessões estratégicas de terminais portuários

ANP reforça diálogo com o mercado para aprimorar fiscalização do abastecimento


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PATROCINADOR: DOU DO CADE

ANS apresenta proposta final de reformulação dos reajustes nos planos de saúde

Brasília, 30 de abril de 2025

Durante a 621ª Reunião da Diretoria Colegiada, realizada nesta segunda-feira (28), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentou a versão final da proposta de reformulação da política de preços e reajustes dos planos de saúde. O material agora segue para a Procuradoria Federal junto à ANS, que fará a análise jurídica antes da possível publicação da nova normativa.

O projeto faz parte da Agenda Regulatória 2023-2025 e foi construído com base nas contribuições da sociedade durante as Audiências Públicas nº 48 e 50 e a Consulta Pública nº 145, realizadas entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025.

Reajustes de planos coletivos: proposta mais moderada

Um dos pontos centrais da proposta trata da ampliação do agrupamento de contratos de planos coletivos, que define como os reajustes são calculados. Inicialmente, a ANS sugeria um aumento expressivo, de 30 para 1.000 vidas, no chamado “pool de risco”. No entanto, após considerar os argumentos apresentados durante o processo de participação social, o número foi ajustado para 400 vidas, como forma de adotar uma transição mais gradual.

Segundo técnicos da ANS, esse novo número ainda representa um avanço significativo em relação ao modelo atual, ampliando o mutualismo entre os contratos. No entanto, a agência entende que esse modelo ainda pode ser aprimorado futuramente, à medida que o setor se adapte.

Regras mais claras para reajustes e rescisões

A proposta também flexibiliza o uso de indicadores para calcular os reajustes, permitindo que as operadoras utilizem uma meta mínima de sinistralidade de 72%, além de indicadores financeiros como IPCA, IGP-M e Variação da Despesa Assistencial (VDA). Um anexo explicativo será incluído na norma para orientar sobre o uso desses parâmetros.

No que se refere à rescisão contratual, a ANS manteve o que já havia sido proposto anteriormente: ela só poderá ser feita no aniversário do contrato, mediante aviso prévio de 60 dias ao beneficiário.

Planos individuais: nova possibilidade de revisão técnica

Nova proposta traz mudanças nos critérios de reajuste e amplia debate sobre regulação do setor. Imagem: Divulgação/Canva

A revisão técnica dos reajustes de planos individuais também passou por mudanças. A ANS retirou a exigência de comprovar desequilíbrio na carteira total da operadora — agora, será suficiente comprovar o desequilíbrio apenas na carteira de planos individuais. Para isso, a operadora deverá manter venda ativa desse tipo de plano, pelo menos por três anos, e apresentar dados contábeis públicos e auditados, além de uma justificativa técnica detalhada.

Com a autorização da ANS, o reajuste poderá ser aplicado junto com o índice anual no aniversário do contrato, desde que o aumento não ultrapasse 20% ao ano. Caso o percentual necessário seja maior, o valor deverá ser diluído em até cinco anos. Essa nova possibilidade entra em vigor em janeiro de 2026.

Debate sobre franquia, coparticipação e venda online continua

Alguns temas ainda seguem em discussão dentro da agência. Entre eles estão os mecanismos de regulação financeira, como franquia e coparticipação, e a obrigatoriedade da venda de planos de saúde pela internet. A ANS entende que esses pontos exigem uma análise mais aprofundada e, por isso, devem ser debatidos em uma câmara técnica.

A proposta sobre a venda online, que enfrenta resistência por parte de operadoras, será analisada pela Procuradoria, levando em consideração fatores como abrangência regional, tamanho das empresas e tipo de produto comercializado.

Construção normativa segue aberta a ajustes

Embora a proposta tenha sido apreciada de forma unânime pela Diretoria da ANS, os dirigentes reforçaram que o processo regulatório permanece aberto a contribuições. Técnicos da área de fiscalização foram convidados a participar das próximas etapas, com o objetivo de aprimorar a norma com base em impactos reais e operacionais.

Para a diretoria interina da ANS, o processo de elaboração de normas é coletivo e contínuo, sempre sujeito a aperfeiçoamentos — inclusive com sugestões da própria Procuradoria, que pode indicar pontos a ajustar antes da publicação final da norma.

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ANTT conversa com os brasileiros para expandir malha ferroviária nacional

ANTAQ inaugura leilões de 2025 com concessões estratégicas de terminais portuários

ANP reforça diálogo com o mercado para aprimorar fiscalização do abastecimento


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PATROCINADOR: DOU DO CADE

ANTT conversa com os brasileiros para expandir malha ferroviária nacional

Brasília, 30 de abril de 2025

Na última terça-feira (29), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizou a Reunião Participativa nº 03/25 para debater o projeto de ampliação da rede ferroviária federal. O encontro entre ANTT e o público ocorreu de maneira híbrida (presencial e remotamente), com transmissão ao vivo no canal do YouTube da agência. As audiências permanecem gravadas para acesso público na plataforma de streaming oficial. 

ANTT nas linhas de ferro

Para ouvir a sociedade civil e empresarial brasileira, a ANTT realizou a reunião participativa em busca de encontrar e identificar trechos férreos com viabilidade de reativação para ampliar a malha de trilhos nacional. Por isso, a fim de mapear os interesses públicos e alinhar os trechos das ferrovias com os brasileiros, a participação das pessoas no projeto aprimora o processo.

ANTT
Imagem: pexels.com

Além do encontro, a Agência Nacional instaurou uma consulta pública, que permanece aberta até o dia 15 de maio, para receber sugestões, comentários e colaborações referentes à ampliação, reaproveitamento e desenvolvimento da malha férrea federal. 

Após “ouvir os trilhos”, o diretor-geral, Guilherme Theo Sampaio, e os membros da ANTT buscam “ouvir as pessoas” para aperfeiçoar o projeto que, no fim, procura ter um impacto social positivo. 

Na luta pela volta dos trens

O debate em reunião participativa realizada pela ANTT, além de ter base no Plano de Gestão Anual da agência reguladora, conta com uma “carteira robusta” de projetos que visam o desenvolvimento da malha ferroviária nacional de maneira econômica e socialmente sustentável. 

Para contribuir, a consulta pública segue aberta pelo sistema particiANTT

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ANP reforça diálogo com o mercado para aprimorar fiscalização do abastecimento

ANEEL quer ouvir a sociedade: participe das consultas públicas e tomadas de subsídios


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PATROCINADOR: DOU DO CADE

ANTAQ inaugura leilões de 2025 com concessões estratégicas de terminais portuários

Brasília, 30/04/2025

Publicado em 30/04/2025 às 11h36 – Atualizado em 30/04/2025 às 12h22

O setor de logística nacional se organiza para um momento estratégico: o primeiro leilão de arrendamentos portuários de 2025, que será realizado nesta quarta-feira (30), a partir das 10h, na Bolsa de valores B3, em São Paulo.

O objetivo central é reforçar a infraestrutura brasileira para fomentar desenvolvimento econômico, atrair investimentos e posicionar o país de forma mais competitiva no cenário internacional, sobretudo no setor energético.

Leilão portuário pode gerar mais de R$ 1 bilhão em investimentos

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) anunciou que o leilão reunirá quatro áreas estratégicas: uma no Porto do Rio de Janeiro (RDJ11) e três no Porto de Paranaguá (PAR14, PAR15 e PAR25). Os contratos envolvem concessões de 10 a 35 anos e somam investimentos diretos que superam R$ 1,4 bilhão.

Destaques do leilão da ANTAQ:

  • RDJ11 (Porto do Rio de Janeiro): voltado para carga geral e graneis sólidos, terá contrato de 10 anos e investimentos estimados em R$ 6,8 milhões.
  • PAR14 (Porto de Paranaguá): R$ 529,2 milhões em investimentos no terminal, R$ 477 milhões na infraestrutura do porto e geração de aproximadamente 310 empregos diretos. O terminal será essencial para exportação de grãos como soja e milho, assim como o PAR15 e o PAR25.
  • PAR15: tem a capacidade até 4 milhões de toneladas por ano, com aportes de R$ 293,2 milhões e 180 novos postos de trabalho previstos. A infraestrutura pública receberá R$ 311 milhões de investimento.
  • PAR25: receberá R$ 565,1 milhões somando investimentos diretos e adicionais, ampliando a capacidade de escoamento agrícola e modernizando a estrutura portuária.
A transmissão ao vivo do leilão será feita pelo canal oficial da ANTAQ no YouTube: Clique aqui para assistir. Foto: Pexels

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Notícias

ANA finaliza período de consulta pública do PISF

Brasília, 30 de abril de 2025

Nesta quarta-feira (30) às 18h no horário de Brasília, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) finaliza a  Consulta Pública n° 02/2025. Encerrado o período de participação civil, o processo de adução de água bruta do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) deve seguir em andamento após a conclusão da etapa participativa de pessoas físicas e jurídicas. 

ANA democratiza o Rio São Francisco

Por meio do Sistema de Participação Social nas Decisões da ANA, os habitantes do Brasil podem realizar sugestões, comentários e contribuições para o processo de adução de água pública do PISF. Até as 18h desta quarta-feira (30), pessoas físicas e jurídicas podem colaborar no projeto. 

PISF
Imagem : https://www.gov.br/ana/pt-br

Para atualizações normativas e concessões legais para implementação do PISF, a Resolução ANA nº 168/2023 deve ser reestruturada devido às alterações realizadas em decretos do Governo Federal, além dos recentes contratos firmados entre os Estados beneficiários do projeto e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

Na luta pelo fim das secas: entenda o PISF

Na voz de João Batista de Oliveira Figueiredo, na década de 80, um projeto, antes muito idealizado desde a época imperial do Brasil, foi elaborado de maneira mais consistente e, assim, deu base para o atual Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). 

PISF
Imagem: https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202309/decreto-atualiza-sistema-de-gestao-do-projeto-de-integracao-do-rio-sao-francisco

Canalizar as águas do 5º maior rio do Brasil para regiões que enfrentam vulnerabilidades devido à seca passa a ser uma possível solução para 12 milhões de pessoas em 390 municípios no Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Para além das cidades abastecidas, 294 comunidades habitantes das margens do fluxo fluvial devem ser beneficiadas pelo projeto. 

Para a execução dos planos, devem ser construídos 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios, quatro túneis, nove subestações de energia elétrica em alta tensão e 270 quilômetros de linhas de transmissão.

Enquanto o eixo leste passa apenas por Pernambuco e Parnaíba, o eixo norte deve abastecer municípios dos quatro Estados receptores das águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco. Para além das estruturas norteadoras principais, os “Ramais” associados devem realizar o papel de alcançar reservatórios fora dos eixos estruturais e atingir mais locais com abastecimento. 

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ANP reforça diálogo com o mercado para aprimorar fiscalização do abastecimento

ANEEL quer ouvir a sociedade: participe das consultas públicas e tomadas de subsídios


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PATROCINADOR: DOU DO CADE

Senado analisa criação de Frente Parlamentar para exploração de petróleo na Margem Equatorial; consulta pública sugere contrariedade da população

Brasília, 29/04/2025

Nesta segunda-feira (29), a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal analisou o Projeto de Resolução do Senado nº 2, de 2025, que propõe a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Exploração de Petróleo na Margem Equatorial do Brasil. De autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) e outros seis parlamentares, a proposta tem como objetivo fortalecer o apoio legislativo à exploração de petróleo na região e priorizar o desenvolvimento econômico no Norte do país.

Segundo o relator da matéria, senador Plínio Valério (PSDB-AM), a produção offshore na Margem Equatorial apresenta “perspectivas animadoras, não apenas em relação à quantidade, mas também à qualidade esperada do óleo”. O relator alega que a área em questão compreende a faixa litorânea que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, com potencial geológico semelhante ao de países vizinhos como a Guiana.

Apesar das promessas de crescimento econômico exacerbado, especialistas e ambientalistas alertam para os altos riscos da exploração da Margem Equatorial brasileira. A região abriga ecossistemas sensíveis e espécies ameaçadas, o que levanta preocupações sobre possíveis impactos ambientais irreversíveis, como vazamentos de óleo e degradação da biodiversidade marinha.

Além dos riscos diretos, há preocupações com os efeitos indiretos, como a poluição da água e a perda de biodiversidade, que podem afetar comunidades locais dependentes do meio ambiente para sua subsistência.

Uma das maiores preocupações envolve o derramamento de petróleo em alto-mar, o que pode prejudicar de forma irreversível a fauna e a flora marinhas, além de um possível deslocamento do óleo para águas territoriais da Guiana Francesa. O estudo de impacto ambiental da Petrobras aponta que, a depender da correnteza, o óleo derramado poderia chegar em até quatro horas na Guiana. Hoje, o Ibama está analisando a nova versão do plano de proteção e atendimento à fauna oleada, que foi apresentado pela Petrobras no final do ano passado.

Os parlamentares citam o exemplo da Guiana como argumento a favor da exploração. O país iniciou a produção de petróleo em águas territoriais em 2019 e teve, desde então, um crescimento econômico considerado “acelerado”. A nação, vizinha de Roraima e Pará, quadruplicou seu PIB em cinco anos, registrando o maior crescimento per capita do mundo (57%) entre 2021 e 2022, segundo dados apresentados no relatório da CI.

Justificativas do projeto: um crescimento econômico desenfreado

Na justificativa da proposta, o senador Zequinha Marinho argumenta que o Brasil pode se tornar um grande produtor mundial de petróleo ao explorar o potencial da Margem Equatorial. Isso reduziria as importações de óleo natural e atrairia investimentos em infraestrutura, fortalecendo cadeias produtivas como os setores naval, logístico e da indústria de transformação.

Além disso, Marinho ressalta que os estados produtores poderão investir em serviços públicos essenciais como saúde, educação e saneamento básico, com recursos provenientes dos royalties do petróleo.

“A Frente Parlamentar atuará no aperfeiçoamento do arcabouço legal e no fortalecimento da atividade em comento, contribuindo para transformar a região em um polo de prosperidade e desenvolvimento”, argumenta o autor do projeto.

A Frente será integrada por senadoras e senadores que assinarem sua ata de instalação, com adesão posterior permitida. As reuniões ocorrerão preferencialmente no Senado Federal.

Questão ambiental

Apesar do otimismo econômico, há tensões com relação aos riscos ambientais. A Bacia Potiguar, parte da Margem Equatorial que se estende pela costa do Ceará e do Rio Grande do Norte, é considerada uma área ambientalmente sensível por conectar ecossistemas marinhos e abrigar espécies ameaçadas. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima chegou a recomendar a exclusão imediata de 31 blocos da região da Oferta Permanente de Concessão, dos quais 14 já foram retirados do leilão por falta de autorização legal vigente.

Para Pietro Mendes, Secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME) e Presidente do Conselho de Administração da Petrobras, o único entrave pendente para o avanço da perfuração é o tempo de resposta a eventuais incidentes com fauna oleada, questão que, segundo ele, está sendo equacionada com a construção do novo Centro de Reabilitação de Despetrolização de Fauna (CRD) pela Petrobras.

Argumentos do Senado: por que criar uma Frente Parlamentar?

De acordo com o projeto, a Frente atuará com três focos principais:

  1. Promover ações legislativas de incentivo à exploração petrolífera na Margem Equatorial;
  2. Reunir senadores interessados no tema que defendam o desenvolvimento econômico da região;
  3. Acompanhar o licenciamento ambiental, o desenvolvimento tecnológico e a tramitação de matérias afins no Congresso Nacional.

Consulta pública: maioria dos votantes é contra

Apesar da mobilização parlamentar, a proposta enfrenta resistência popular. Em consulta pública no portal e-Cidadania do Senado Federal, apurada em 29 de abril de 2025 às 10h37, apenas 24 internautas votaram a favor da iniciativa, enquanto 55 manifestaram-se contra. O dado evidencia que a pauta ainda precisa ser debatida de forma ampla com a sociedade civil, especialmente considerando os impactos socioambientais da atividade petrolífera.

Próximos passos

O Projeto de Resolução seguirá tramitando nas comissões pertinentes do Senado Federal. Caso aprovado, a Frente Parlamentar poderá atuar diretamente na articulação política em favor da exploração de petróleo na Margem Equatorial, influenciando inclusive negociações sobre o licenciamento ambiental e o marco regulatório do setor energético brasileiro.

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ANP reforça diálogo com o mercado para aprimorar fiscalização do abastecimento

Brasília, 29 de abril de 2025

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) iniciou um ciclo de workshops para revisar a Resolução nº 688/2017, que trata das chamadas Medidas Reparadoras de Conduta (MRC). O primeiro encontro aconteceu na última sexta-feira (25) e reuniu representantes de postos de combustíveis e transportadores-revendedores-retalhistas (TRR). A proposta é ouvir o mercado para tornar a fiscalização ainda mais eficaz e justa.

A MRC é um mecanismo que permite que empresas do setor ajustem irregularidades de menor gravidade — como falhas em documentos ou sinalizações — dentro de um prazo determinado, evitando punições mais severas. Segundo Julio Nishida, superintendente de Fiscalização do Abastecimento da ANP, a ideia não é aliviar a fiscalização, mas sim educar e orientar os agentes a se adequarem à legislação sem reincidências.

A importância da fiscalização que ensina e corrige

A fiscalização da ANP não tem apenas caráter punitivo, ela também cumpre um papel educativo essencial para o bom funcionamento do setor. A própria Resolução nº 688/2017 reconhece que a atuação da agência deve buscar “padronizar e dotar de maior razoabilidade o processo de penalização”, especialmente em casos de baixa gravidade. Ao permitir que irregularidades pontuais sejam corrigidas, a ANP foca seus esforços nas infrações mais sérias, aquelas que colocam em risco a segurança e os direitos do consumidor.

É importante frisar que infrações relacionadas à qualidade do produto, quantidade fornecida, ou segurança operacional continuam fora do alcance da MRC. “A premissa da revisão da resolução é não comprometer as informações que são relevantes ao consumidor nem as que são importantes para a eficiência da fiscalização da ANP”, explicou Nishida.

Revisão da norma e participação do setor

Agência quer modernizar a abordagem sobre falhas leves e reforçar a proteção ao consumidor. Imagem: Agência Brasil

A revisão da Resolução nº 688/2017 busca atualizar o instrumento à luz das novas tecnologias de fiscalização e das recentes normas da ANP. Para isso, além dos workshops, a agência está recebendo contribuições online até o dia 30 de maio. É uma oportunidade valiosa para que os agentes do setor tragam suas sugestões e experiências diretamente para o debate regulatório.

A participação do mercado é essencial, ouvir quem vive o dia a dia da operação contribui para regras mais aplicáveis, eficientes e transparentes. Depois dessa etapa de escuta, a ANP seguirá com a análise de impacto regulatório, elaboração da minuta da nova resolução e, por fim, as fases de consulta e audiência públicas.

Equilíbrio entre rigor e razoabilidade

A MRC reflete um avanço importante no modelo de fiscalização da ANP, permitindo um equilíbrio entre rigor regulatório e diálogo com o mercado. Ao priorizar correções imediatas para falhas de menor impacto, a agência atua de forma inteligente e proporcional, fortalecendo a confiança no sistema de abastecimento e garantindo um ambiente mais seguro e transparente para todos.

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