Publicado em 17/03/2025 às 11:31 – Atualização em 19/03/2025 às 17h28
Nesta segunda-feira (17), o Wall Street Journal divulgou novo pedido de falência da Forever 21 ao Governo dos Estados Unidos. Além do anúncio de quebra financeira da empresa de moda fast fashion, o veículo estadunidense de notícias publicou entrevista com o diretor monetário da companhia, que criticou e apontou dificuldades na concorrência com lojas estrangeiras de comércio digital, como a chinesa Shein.
Diante da inaptidão da companhia de vestimentas sanar débito, as ações representativas devem ser totalmente liquidadas para a resolução de dívidas pendentes. Assim, cenários de queima de estoque e diminuição de preços de produtos são as medidas possíveis a serem adotadas, já que a Forever 21 não encontrou compradores interessados nas 350 lojas físicas.
Diretor Financeiro da Forever 21 critica concorrência estadunidense em entrevista ao Wall Street Journal – Imagem: Instagram/ @forever21
Atualmente detida pela Authentic Brands Group, a empresa de moda, no cenário pós pandemia da Covid-19, enfrenta dificuldades em se estabelecer no mercado dominado por negócios estrangeiros de comércio digital. “[A empresa] não conseguiu encontrar um caminho sustentável para o futuro, dada a concorrência de empresas estrangeiras de fast fashion, que conseguiram tirar vantagem da isenção de minimis para prejudicar nossa marca em preços e margem”, afirmou o Diretor Financeiro da companhia estilística.
Há mais de 5 anos, a Forever 21 entrou com pedido na justiça dos Estados Unidos para recuperação judicial após anunciar que poderia fechar entre 300 e 350 pontos de comércio, sendo 178 apenas em solo estadunidense. Com a crise econômica de 2008, a empresa aumentou as garras no mercado de moda masculina e calçados, na luta por clientes com grandes do setor como Zara e H&M.
De supermercados a energia elétrica, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) anunciou resoluções para fusões em diversos setores do mercado
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Publicado em 14/03/2025, às 13h04 – Atualizado em 14/03/2025, às 18h29
Nesta sexta-feira (14), a Autoridade Garantidora da Concorrência e do Mercado (AGCM) divulgou a abertura de processo investigativo de possíveis práticas anticompetitivas da Eni Plenitude S.p.A em solo italiano. A empresa observada pela entidade antitruste atua no setor de energia, com produção de energias renováveis, manejo de pontos de abastecimento de veículos elétricos e distribuição de gás natural e eletricidade para casas e companhias.
Empresa investigada por Autoridade italiana atua no setor de carros elétricos – Imagem: pixabay.com
Autoridade têm ouvidos
De acordo com a AGCM, clientes da Eni Plenitude realizaram reclamações formais acerca do sistema de renovação contratual oferecido pelo estabelecimento no ano de 2024. Assim, os contratos fechados entre os usuários e a provedora sofreram alterações de termos e condições sem notificação devida dos assinantes dos serviços. Além da ausência de transparência, a inacessibilidade da companhia dificulta a comunicação para desligamento das conexões com o negócio italiano de energia.
AGCM investiga empresa por falta de transparência contratual com clientes – Imagem: pixabay.com
Em resposta às alegações da Autoridade da concorrência da Itália, a Eni Plenitude nega as acusações, afirma a conduta respeitosa e leal com clientes e anuncia que vai cooperar com a AGCM para a investigação ser realizada sem dificuldades.
Nesta quarta-feira (12) os investidores brasileiros começaram a se deparar com os primeiros efeitos da taxação de aço e alumínio anunciada pelo governo estadunidense de Donald Trump, ainda em fevereiro.
Entre as diversas medidas do novo presidente dos EUAque já vêm abalando os mercados globais, a mais recente delas é a tarifa de 25% aplicada sobre a importação de todo o aço e alumínio que entra nos Estados Unidos. A ação já demonstrou os primeiros sinais de impacto à indústria brasileira.
No início de fevereiro, as ações das siderúrgicas não registraram fortes quedas, de forma que o mercado observou apenas um impacto contido. Embora o setor siderúrgico brasileiro no geral ainda possa de fato vir a enfrentar dificuldades a longo prazo, especialistas apontam que a Gerdau é uma das empresas que mais pode se beneficiar das medidas.
Governo de Trump tem como uma das principais bases o protecionismo econômico dos Estados Unidos. Foto: Reuters
Devido à sua produção local nos EUA, o vigor das novas taxações não irá causar um impacto negativo para a maior empresa produtora de aço do Brasil. Na verdade, a medida pode colocar a Gerdau em uma posição de domínio do mercado, alavancando possivelmente as ações da empresa, além de valorizar a Gerdau em termos de competitividade.
Diante do novo cenário da concorrência, uma análise do Bradesco BBI apontou possíveis impactos nas ações das seguintes siderúrgicas brasileiras:
Além do maior volume de aço da Gerdau ser vendido e produzido localmente nos EUA, a empresa também conta com de 50% de lucro a partir de juros, impostos, depreciações e amortizações a partir de suas operações americanas. Dessa forma, com a implementação das tarifas, a previsão é que ocorra um impacto positivo nos números da Gerdau, que sairia ilesa da estratégia protecionista dos Estados Unidos.
“Observamos, no entanto, que os produtos de aço longo representam menos de 20% das importações totais de aço dos Estados Unidos, o que implica em um benefício relativamente maior para os preços do aço plano”, apontaram os analistas do BBI.
O BBI estima que apenas 2,5% do Ebitda – que é a sigla em inglês para “Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização” – consolidado da empresa vem da América do Norte. No entanto, com o Brasil fornecendo mais de 60% da necessidade de aço semiacabado dos Estados Unidos (principalmente as placas), as tarifas potenciais podem resultar em maior disponibilidade de placas para o Brasil. Ou seja, a medida resultaria em custos mais baixos para a Usiminas.
No mercado interno brasileiro, o aço está sendo vendido por um preço consideravelmente alto. Portanto, focar no comércio brasileiro está soando mais lucrativo aos investidores do que exportar o aço para outros países. Desse modo, a CSN tem focado suas estratégias no mercado interno, sem recorrer aos mercados de exportação em seu histórico dos últimos trimestres.
O BBI estima que aproximadamente 3% do Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) da CBA tem origem das negociações com os Estados Unidos Com isso, devido à relação comercial da empresa com os EUA, a reação à taxação de Trump pode ser moderada, avalia o BBI. Os próximos passos se darão de acordo com as próximas decisões do governo brasileiro, dependendo do teor da resposta – e se haverá contraponto do governo americano.
Impacto para o Brasil: Gerdau sai na frente?
Segundo avaliação da Comissão de Economia da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais do Brasil (Apimec), empresas como CBA, Usiminas e CSN podem enfrentar dificuldades caso as tarifas sejam realmente impostas. A nova rodada de tarifas comerciais anunciada pelo ex-presidente Donald Trump tem gerado apreensão à Apimec, que alertou que a “iminente guerra comercial não é favorável para o Brasil e para o mundo”, e que as próximas semanas serão cruciais para medir os impactos reais sobre as exportações brasileiras.
Dados do American Iron and Steel Institute mostram que o Brasil exportou 4,49 milhões de toneladas líquidas de aço em 2024, um crescimento de 14,1% em relação a 2023. No entanto, as proteções comerciais adotadas pelos EUA desde o primeiro mandato de Trump ampliaram a capacidade produtiva da indústria siderúrgica americana em 20% nos últimos seis anos, reduzindo a necessidade de importações.
Além disso, um novo anúncio de Trump na última terça-feira (11) pode impulsionar ainda mais a presença do Brasil através da Gerdau. O republicano chegou a dobrar a tarifa sobre produtos de aço e alumínio do Canadá, elevando a taxa para 50%. A medida veio em resposta à decisão da província canadense de Ontário de impor uma tarifa de 25% sobre eletricidade exportada aos EUA. Com essa escalada de restrições ao aço canadense, produtores locais — como a Gerdau, que opera dentro dos EUA — podem continuar se beneficiando ainda mais do aumento da demanda interna.
Entenda a motivação das tarifas
A política comercial de Trump se baseia no conceito de “America First”, priorizando a produção interna e retaliando países que impõem barreiras aos produtos americanos. Dessa vez, a justificativa para as novas tarifas é que, segundo o governo dos EUA, há mais barreiras para produtos americanos no exterior do que na entrada de produtos importados no país.
A média tarifária de importações no Brasil é de 12,4%, enquanto nos países desenvolvidos da OCDE esse valor é de apenas 4%. Esse descompasso tem sido um dos argumentos utilizados por Trump para endurecer as regras comerciais.
O que esperar para o setor siderúrgico do Brasil
O Brasil e os EUA possuem um fluxo comercial intenso na cadeia do aço, movimentando cerca de US$ 7,6 bilhões ao ano. No entanto, com a possível implementação das novas tarifas, empresas brasileiras podem ser forçadas a renegociar cotas de exportação, como aconteceu em 2018, quando o governo Trump impôs uma tarifa de 2%, mas permitiu que o Brasil exportasse 3,5 milhões de toneladas de semiacabados e 687 mil toneladas de laminados.
Ainda assim, a demanda americana por placas de aço segue alta. Em 2024, os EUA importaram 5,6 milhões de toneladas de placas, sendo 3,4 milhões provenientes do Brasil.
O impacto real das novas tarifas no fluxo comercial do aço só será observado com clareza a partir dos próximos meses.
Na última quinta-feira(13), o The New York Post divulgou intenções da Federal Trade Commission (FTC) em investigação da Meta. De acordo com o veículo, a Autoridade Antitruste estadunidense busca reverter a aquisição do Instagram pela Meta devido a possíveis infrações à ordem econômica e formação de monopólio no mercado de redes sociais. Como testemunhas do julgamento, os CEOs das partes devem ser interrogados.
Meta está nas garras da FTC – Imagem: Instagram/ @meta
Concorrência comprada pela Meta
Com data agendada para abril de 2025, o julgamento do caso deve contar com a interrogação de testemunhas, como a ex-COO do Facebook, Sheryl Sandberg, o atual chefe do Instagram, Adam Mosseri, e o CEO da Meta, Javier Olivan. Entretanto, o tempo de duração previsto para os questionamentos sobre a concorrência do mercado digital dirigidos a Mark Zuckerberg são alarmantes. 7 horas são calculadas como necessárias para obter as informações do fundador do Facebook.
Mark Zuckerberg deve ser interrogado pela FTC por 7 horas – Imagem: Instagram/ @zuck
O The New York Post aponta que as preocupações da FTC são referentes a, além de formação ilegal de um monopólio sobre o mercado de mídia social, alegações de que a empresa pagou valores superiores, deliberadamente, para adquirir o Instagram por US$ 1 bilhão em 2012 e o WhatsApp por US$ 19 bilhões em 2014 para suprimir a concorrência de rivais emergentes.
FTC acusa Meta de comprar concorrência – Imagem: pixabay.com
Como resposta às acusações da Autoridade da concorrência estadunidense, porta-voz da Meta afirmar despreocupação da Big Tech, já que acreditam que as aquisições foram, na verdade, benéficas para a concorrência e para os usuários.
Publicado em 14/03/2025 às 09h22 – Atualizado em 14/03/2025 às 10h54
Na semana do dia 10 de março, Autoridades Antitruste da Itália, do Japão, da França, de Portugal e da União Europeia anunciaram novas decisões para a manutenção da ordem econômica e da concorrência de mercado. Dentre os setores impactados pelas deliberações, o ramo de distribuição de gás natural italiano sofre com a regulação da AGCM (Autoridade Garantidora da Concorrência e do Mercado).
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O Senado Federal aprovou, na última quarta-feira (12), o Projeto de Lei (PL) 6.256/2019, que estabelece a Política Nacional de Linguagem Simples em todos os órgãos públicos do país. A medida visa garantir que a comunicação do Estado seja clara, compreensível e acessível ao cidadão médio brasileiro. Agora, a proposta segue para revisão na Câmara dos Deputados.
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Publicado em 13/03/2025 às 22h01 – Atualizado em 13/03/2025 às 07h43
Uma operação coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, identificou irregularidades em 30 das 31 clínicas de estética fiscalizadas nos estados de Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e no município de Osasco (SP). A ação, denominada “Estética com Segurança”, resultou na interdição de seis estabelecimentos devido a condições que representavam risco à saúde dos clientes.
Irregularidades encontradas
Durante as inspeções, os fiscais encontraram uma série de problemas, incluindo:
Produtos sem registro e vencidos: Foram apreendidos medicamentos e substâncias utilizadas em procedimentos estéticos que não possuíam registro na Anvisa ou estavam com a validade expirada.
Condições precárias de infraestrutura: Algumas clínicas apresentavam ambientes inadequados, como ausência de pias para higienização, materiais de uso único sendo reutilizados e falta de protocolos de segurança do paciente.
Uso de substâncias proibidas: Em Goiânia, uma clínica foi flagrada com fenol, substância cujo uso para fins estéticos é proibido no Brasil.
Casos de destaque: clínica em cozinha, produtos vencidos e ambiente mofado
Em Goiânia, uma clínica funcionava na cozinha de um apartamento, com sujeira no chão e teto mofado. Em Belo Horizonte, fiscais encontraram anestésicos vencidos e sem data de validade, além de fios e materiais utilizados em procedimentos invasivos sem registro na Anvisa.
A Anvisa destaca que 61,3% das denúncias recebidas estão relacionadas a procedimentos estéticos mal sucedidos. Os perigos reais dos ambientes inadequados foram observados em casos como o da médica Isadora Milhomem, que sofreu queimaduras graves após um peeling, e de uma paciente que enfrentou complicações após uma rinomodelação.
Orientações da Anvisa ao consumidor
A Anvisa alerta para a importância de os consumidores verificarem a regularidade das clínicas e dos profissionais antes de se submeterem a procedimentos estéticos, sendo recomendável consultar a situação de fiscalização dos estabelecimentos.
É essencial ter acesso às vigilâncias sanitárias locais e confirmar as credenciais dos trabalhadores nos respectivos conselhos profissionais. Além disso, é fundamental questionar sobre os produtos que serão utilizados e verificar se possuem registro oficial junto à Anvisa.
Publicado em 12/03/2025, às 16h55 – Atualizado em 12/03/2025, às 17h28
O órgão antitruste do Reino Unido, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), destacou preocupações sobre o mercado de navegadores móveis, atualmente dominado pela Apple e pelo Google. Segundo a CMA, essa concentração não favorece consumidores nem empresas, reforçando a decisão de abrir uma investigação formal sobre o setor em janeiro deste ano.
Foco nas políticas da Apple
O relatório apontou que grande parte das preocupações estava relacionada às políticas da Apple sobre o uso do navegador Safari em seus dispositivos. A CMA explicou que a investigação em andamento busca determinar se as empresas possuem “status de mercado estratégico” (SMS) nos ecossistemas móveis — uma avaliação que vai além do foco restrito ao mercado de navegadores.
Caso as empresas sejam classificadas com esse status, a agência consideraria medidas para fortalecer a concorrência, como permitir que rivais ofereçam novos recursos de forma mais competitiva.
Respostas da Apple e do Google
Em resposta ao relatório, a Apple declarou seu apoio a mercados dinâmicos onde a inovação prospera, mas demonstrou discordância em relação às soluções sugeridas pelo órgão britânico. A empresa argumenta que as sugestões da CMA poderiam comprometer a privacidade, a segurança e a experiência dos usuários. A Apple declarou que continuará colaborando com a autoridade para lidar com as questões levantadas.
O Google, por sua vez, destacou que a abertura do sistema Android ajudou a ampliar escolhas, reduzir preços e democratizar o acesso a smartphones e aplicativos. A empresa reafirmou seu compromisso com plataformas abertas que auxiliam desenvolvedores a construir negócios bem-sucedidos e garantiu que seguirá trabalhando com a CMA para promover uma regulamentação baseada em evidências, favorecendo a inovação e o crescimento no Reino Unido.
Domínio de mercado
De acordo com o relatório, os navegadores Safari e Chrome seguem liderando o mercado móvel. O Safari é responsável por 88% da navegação em dispositivos da Apple, enquanto o Chrome domina 77% dos navegadores em aparelhos com sistema Android no ano de 2024.
Margot Daly, presidente do grupo independente de investigação, afirmou que a competição entre navegadores móveis não tem funcionado adequadamente, prejudicando avanços tecnológicos. Ela destacou que a análise detalhada apresentada no relatório auxiliará nas próximas etapas da investigação.
A CMA informou que as investigações sobre o status de mercado estratégico das duas empresas devem ser concluídas ainda este ano.
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