CADE condena 3 cooperativas médicas na Bahia por infração à ordem econômica

No dia 20 de janeiro de 2025, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) divulgou no Diário Oficial da União (DOU) a condenação de três cooperativas médicas da Bahia por infrações à ordem econômica, após investigação sobre práticas anticoncorrenciais no setor. A decisão atinge a Cooperativa Médica de Cirurgiões de Cabeça e Pescoço (CCP), a Cooperativa de Cirurgiões Cardiovasculares ou Torácicos (Cardiotórax) e a Cooperativa de Cirurgiões Oncológicos (Cooperonco).  

O caso

O processo, iniciado a partir de denúncias do Ministério Público da Bahia e da Central Nacional Unimed (CNU), apontou que algumas cooperativas médicas impuseram restrições à negociação individual de médicos e incentivaram judicializações para pressionar planos de saúde a aceitar suas tabelas de preços. Além disso, foi identificada uma concentração excessiva de profissionais em algumas cooperativas, dificultando a concorrência no setor.  

Além das condenações, o CADE determinou o arquivamento do processo em relação à Cooperorl (Cooperativa de Otorrinolaringologistas) e exigiu que a Cooperuro (Cooperativa de Urologistas) altere cláusulas estatutárias que obrigam médicos cooperados a executar serviços acordados pela entidade. O processo também foi suspenso para outras cooperativas que firmaram Termos de Compromisso de Cessação (TCCs) e ainda não cumpriram todas as obrigações.  

A decisão segue a legislação antitruste brasileira, enquadrando as práticas das cooperativas no artigo 36 da Lei nº 12.529/2011. O órgão destacou que a atuação dessas entidades impacta diretamente a concorrência no mercado de saúde suplementar, afetando tanto operadoras de planos de saúde quanto os próprios pacientes.  

Agora, o caso segue para o Tribunal Administrativo de Defesa Econômica, que poderá confirmar ou modificar as sanções aplicadas. cooperativas médicas

Leia mais notícias sobre o CADE

CADE amplia apuração e exige dados financeiros no caso do cartel de postos do DF


Por Alice Demuner


Um oferecimento:

Views: 113

Comissão Europeia aprova fusão entre International Paper e DS Smith 

A Comissão Europeia deu luz verde à aquisição da DS Smith pela International Paper, com a aprovação condicionada ao cumprimento integral dos compromissos apresentados pelas empresas. Ambas as companhias operam no setor de papel e embalagens, e a decisão buscou garantir a manutenção da concorrência nos mercados locais afetados.  

A investigação da Comissão identificou preocupações de concorrência em mercados específicos, como o fornecimento de chapas de papelão ondulado no norte e oeste de Portugal, chapas de papelão de alta resistência no nordeste da Espanha e caixas de papelão ondulado no noroeste da França. Para resolver esses problemas, a International Paper comprometeu-se a vender cinco plantas na Europa: três na Normandia (França), uma em Ovar (Portugal) e uma em Bilbao (Espanha). Essas medidas eliminam as sobreposições de atividades e garantem a presença de concorrentes suficientes nesses mercados.  

Com as propostas aceitas, a Comissão concluiu que a fusão, ajustada pelos compromissos, não representa mais riscos à concorrência. A implementação das condições será supervisionada por um curador independente, garantindo que o processo seja conduzido conforme o acordado. 

Leia mais sobre a Comissão Europeia

Autoridades da concorrência europeias movimentam mercado com aprovações e novas fusões em janeiro de 2025


Por Alice Demuner


Um oferecimento de:

Views: 22