PIB do Brasil cresce 3,4% em 2024 e atinge R$ 11,7 trilhões; “ano da colheita”, comemora Planalto

Brasília, 07/03/2025 às 19:12

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil alcançou R$ 11,7 trilhões em 2024, registrando um crescimento de 3,4% em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, o PIB brasileiro havia somado R$ 10,9 trilhões.

O resultado superou a expectativa do mercado, que previa um crescimento de 3,49%, conforme o Boletim Focus. O avanço foi impulsionado pelo setor de serviços (3,7%) e pela indústria (3,3%), enquanto a agropecuária sofreu retração de 3,2% devido a fatores climáticos adversos.

Desempenho de cada setor

O setor de serviços, responsável pela maior fatia do PIB, cresceu 3,7%, com destaque para informação e comunicação (6,2%), outras atividades de serviços (5,3%) e comércio (3,8%).

A indústria também registrou crescimento (3,3%), impulsionada pela construção civil (4,3%), indústrias de transformação (3,8%) e fornecimento de eletricidade, gás, água e esgoto (3,6%). As indústrias extrativistas tiveram alta de 0,5%.

Por outro lado, a agropecuária, que sofreu queda de 3,2%, foi impactada pela redução na produção de soja (-4,6%) e milho (-12,5%), conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE. Apesar disso, a pecuária, a produção florestal e a pesca apresentaram desempenho positivo.

PIB: trimestre por trimestre

Ao longo do ano, o PIB brasileiro registrou variações positivas em todos os trimestres:

  • 1º trimestre: 0,8%
  • 2º trimestre: 1,4%
  • 3º trimestre: 0,9%
  • 4º trimestre: 0,2%

Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o crescimento foi de 0,2%, mantendo uma trajetória de alta pelo 16º trimestre consecutivo.

Reação do governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou os resultados e afirmou que 2025 será “o ano da colheita”. “PIB crescendo é mais emprego e renda na mão dos brasileiros e das brasileiras. 2025 é o ano da colheita”, declarou Lula nas redes sociais após a divulgação dos dados.

Para o próximo ano, o Boletim Focus do Banco Central projeta um crescimento de 2,01% no PIB brasileiro. Especialistas apontam que a recuperação da agropecuária e a continuidade da expansão dos serviços podem sustentar o ritmo de crescimento da economia.

Ainda assim, o desempenho positivo de setores estratégicos, como a indústria e de serviços, indica um cenário favorável para a economia brasileira, apesar dos desafios no campo.

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Positivo investe R$ 330 milhões em inovação industrial, mas fica com pé atrás diante de cenário econômico

Brasília, 06/03/2025

A Positivo Tecnologia anunciou um investimento expressivo de R$ 330 milhões em inovação e transformação digital de sua indústria, impulsionado por uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo da empresa é modernizar suas operações e expandir sua atuação no mercado de tecnologia, porém, a companhia manteve uma abordagem econômica cautelosa devido ao cenário econômico desafiador.

O montante será direcionado para otimizar processos fabris, impulsionar a digitalização e aprimorar a eficiência produtiva da empresa. A estratégia da Positivo é fortalecer sua competitividade, investindo em automação industrial e inteligência artificial aplicada à manufatura. A expectativa é que essas mudanças resultem em maior qualidade e inovação nos produtos oferecidos pela empresa.

Desafios do mercado e novas perspectivas para a Positivo

O setor de tecnologia tem se mostrado altamente competitivo, especialmente para empresas brasileiras que disputam espaço com grandes corporações globais. Como mostrou a revista EXAME, líderes industriais chegam a gastar por ano até quase cinco vezes mais do que todo o orçamento que a política industrial brasileira tem para até 2026.

Além disso, um levantamento do fDi Intelligence – serviço do Grupo Financial Times especializado em investimentos estrangeiros diretos – aponta que quatro das dez maiores empresas líderes em inovação são big techs dos Estados Unidos, com foco na venda de software, serviços de informática, hardware e equipamentos, justamente o ramo da Positivo.

Apesar do investimento expressivo, a Positivo reconhece os desafios impostos pelo cenário macroeconômico. A inflação, a taxa de juros e as oscilações do mercado impactam as decisões de expansão. Por isso, a Positivo enfatiza que sua estratégia será equilibrada, garantindo um crescimento sustentável e alinhado às demandas do setor tecnológico.

Inclusão digital como diferencial competitivo da Positivo

Apesar dos desafios, a Positivo mantém sua posição no mercado ao apostar na inclusão digital e no desenvolvimento de soluções voltadas para o público brasileiro. Segundo  Leandro Rosa dos Santos, vice-presidente de Estratégia e Inovação da companhia, esse olhar focado tem sido um diferencial essencial para a empresa se consolidar e crescer no setor.

“Toda multinacional tem as suas potências, mas elas, normalmente, colocam um produto desenvolvido para uma realidade e disponibilizam em outras regiões. A Positivo sempre olhou para quem não era atendido, aquele brasileiro que não tinha acesso à tecnologia”, afirma o executivo.

Inovação e apoio governamental

Para o futuro, a Positivo defende que a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e a implementação de políticas estruturadas, como o plano de inteligência artificial, são fundamentais para tornar o Brasil mais competitivo no setor de tecnologia.

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Ambev x Heineken: Cade reforça limites sobre contratos de exclusividade no setor cervejeiro

Brasília, 28/02/2025

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) estabeleceu novas diretrizes sobre os contratos de exclusividade da Ambev com bares, restaurantes e casas noturnas em todo o país. O esclarecimento aconteceu após questionamentos da Heineken, que apontava brechas no Termo de Cessação de Conduta (TCC) firmado entre o órgão e a Ambev em outubro de 2023.

Brahma (da Ambev) aparece em segundo lugar no ranking das marcas mais valiosas do Brasil em 2024, com um acumulado de US$ 6,6 bilhões. Foto: Nicolas Postiglioni

Novas regras e limitações

Com a decisão, a Ambev precisará reduzir contratos de exclusividade já vigentes em algumas regiões, respeitando limites previamente acordados. Agora, para que um ponto de venda seja incluído na base de cálculo da empresa, ele deve ter participado da atividade comercial nos últimos três meses.

Os limites seguem três critérios principais:

Por Estado: contratos de exclusividade limitados a 6% dos pontos de venda e 12% do volume vendido.

Em capitais e cidades com mais de um milhão de habitantes: exclusividade restrita a 8% dos pontos de venda e 20% do volume vendido, incluindo Campinas (SP) e Lauro de Freitas (BA).

Em áreas municipais específicas: no Plano Piloto de Brasília, na Barra da Tijuca, Zona Sul do Rio de Janeiro e no centro expandido de São Paulo, o limite é de 15% dos pontos de venda, sem definição de volume específico.

Origem do acordo; e como ele vai impactar o mercado?

O TCC foi firmado após uma ação movida pela Heineken em 2022, na qual a cervejaria holandesa acusava a Ambev de suposto abuso no uso de contratos de exclusividade no chamado “canal frio”, que engloba bares, casas noturnas e restaurantes. Outros concorrentes, como Grupo Petrópolis e Estrela Galícia, também participaram do processo.

Dados do IBGE mostram que a produção de bebidas alcoólicas no Brasil cresceu 4,8% no quarto trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior. Foto: Pexels

A Ambev pertence ao conglomerado Anheuser-Busch InBev, a maior fabricante de cervejas do mundo. A empresa é uma companhia dominante no cenário brasileiro de bebidas, englobando algumas das marcas mais conhecidas no país, como Antarctica, Brahma, Budweiser, Colorado, Corona, Gatorade e H2oh!.

Embora contratos de exclusividade sejam uma prática comum na indústria cervejeira, os rivais alegam que a Ambev, como líder de mercado, usa esse mecanismo de forma excessiva, dificultando o firmamento saudável da concorrência. Em algumas regiões, como a Zona Sul do Rio de Janeiro, registros apontam que mais de 20% dos pontos de venda possuem contratos de exclusividade com a companhia.

A partir de agora, o Cade determinou que esses contratos, “formais ou informais”, devem passar por uma fiscalização do cumprimento do acordo, que será feita por uma empresa independente, que ainda será designada.

Posicionamento do mercado

A Heineken celebrou os esclarecimentos do Cade, afirmando que a decisão “mostra que deve haver limites objetivos para acordos de exclusividade de venda no mercado cervejeiro brasileiro”. Em nota, a empresa destacou que “com as omissões sanadas e as regras reforçadas, fica claro que a Ambev deverá reduzir suas exclusividades no setor”.

A companhia ainda ressaltou a importância do monitoramento: “Agora é importante que o Cade e o mercado monitorem com precisão as práticas de exclusividade e comerciais da Ambev e, assim, fomentem um ambiente concorrencial mais justo e saudável para todos, sejam estabelecimentos, empresas ou consumidores”.

A Ambev afirmou que valoriza a decisão do Cade, destacando que “ela reforça o entendimento de que parcerias envolvendo exclusividade, dentro de limites adequados, são legítimas e beneficiam os pontos de vendas”. A cervejaria reafirmou sua colaboração com o Cade para um “ambiente concorrencial justo” e garantiu que continuará respeitando a legislação brasileira.

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MPF: exploração ilegal de madeira e abertura de ramal ameaçam Unidade de Conservação no Amazonas

Brasília, 27/02/2025 às 16h05 – Atualização em 06/03/2025 às 10h08

O Ministério Público Federal (MPF) investiga a abertura de um ramal clandestino dentro da Reserva Extrativista (Resex) do Médio Purus, no Amazonas, que supostamente estaria abrindo caminho para a exploração ilegal de madeira na região.

A situação levanta preocupações entre autoridades e habitantes locais, que denunciam o aumento da pressão sobre a Unidade de Conservação e também sobre a Floresta Estadual (FES) Tapauá.

MPF, amazonas

Denúncias e impactos ambientais

A movimentação irregular foi identificada através de imagens de satélite e relatos de moradores da região. Segundo análise do MPF, a abertura do ramal clandestino está diretamente ligada ao desmatamento e à retirada ilegal de madeira nos arredores da Resex. Esse tipo de intervenção estaria colocando em risco tanto a biodiversidade local, quanto a vida das comunidades tradicionais que dependem dos recursos naturais para subsistência.

A Resex do Médio Purus foi criada justamente para garantir a proteção da floresta e o uso sustentável por pequenas populações locais extrativistas. No entanto, a atuação de madeireiros ilegais tem colocado essa proposta em risco de revisão. A FES Tapauá, outra área protegida importante na região, também sofre pressão com as denúncias frequentes de exploração.

Investigação conjunta

Diante da gravidade da situação, o MPF solicitou que órgãos ambientais e de infraestrutura atuem conjuamente na investigação do caso.

MPF, amazonas

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) foram acionados para colaborar na identificação dos responsáveis pela abertura do ramal e na avaliação dos danos ambientais causados pela intervenção.

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Acesse o sítio eletrônico do MPF

portal — MPF


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ANEEL aprova prorrogação de concessões de distribuidoras de energia por 30 anos

Brasília, 26/02/2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, na última terça-feira (25), durante Reunião Pública Ordinária, o termo aditivo que permite a prorrogação dos contratos de concessão do serviço público de distribuição de energia por mais 30 anos. Com a assinatura deste termo, 19 distribuidoras, cujos contratos atuais vencem entre 2025 e 2031, formalizarão a extensão de suas concessões.

Principais pontos do termo aditivo:

Sustentabilidade econômico-financeira

As distribuidoras deverão manter níveis adequados de geração de caixa e endividamento, assegurando investimentos necessários para a melhoria da qualidade do serviço. O descumprimento dessas obrigações pode resultar em limitações na distribuição, restrições em negócios entre partes relacionadas e, em casos extremos, a qualidade da concessão.

Satisfação dos consumidores

A ANEEL poderá estabelecer metas objetivas que influenciarão a formação das tarifas, incentivando o aumento da satisfação dos clientes. Caso haja insatisfação contínua, a agência poderá considerar a substituição da distribuidora responsável. Além disso, os consumidores participarão do desenvolvimento do Plano de Ação da Distribuidora por meio de consultas públicas a cada ciclo tarifário.

Indicadores de continuidade

Além de exigir níveis globais de continuidade (duração e frequência de interrupções), a ANEEL estabelecerá percentuais mínimos de conjuntos elétricos dentro dos limites definidos, com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço, especialmente em áreas rurais e de menor densidade habitacional.

Resiliência de redes

Diante da crescente ocorrência de eventos climáticos severos, o novo contrato define metas de eficiência para que as distribuidoras recuperem o serviço de forma ágil após interrupções causadas pelos eventos extremos.

Tarifas modernas

Os novos contratos permitem a implementação de estruturas tarifárias mais modernas, oferecendo aos consumidores opções como tarifas pré-pagas, contas com valor programado, tarifas diferenciadas por horário ou período do ano, tarifas específicas para veículos elétricos e programas de cashback.

Expansão e ampliação dos sistemas elétricos

As distribuidoras deverão planejar a expansão e modernização dos sistemas de distribuição, considerando o menor custo global e a integração com outros sistemas, além de incentivar a participação ativa dos consumidores em programas de resposta à demanda e eficiência energética.

Áreas de Severas Restrições Operativas (ASRO)

Para regiões com altas perdas não técnicas, a ANEEL discutirá, na próxima revisão tarifária, um novo plano de combate a essas perdas, refletindo na formação de diferentes tarifas.

Mais apontamentos

Além disso, a ANEEL recomendou ao Ministério de Minas e Energia (MME) que exija o pagamento de multas aplicadas pela agência e suspensas por decisões judiciais, totalizando atualmente R$ 943 milhões.

O processo de consulta pública, realizado entre 16 de outubro e 2 de dezembro de 2024, recebeu 1.087 contribuições de associações e agentes do setor, das quais 300 foram aceitas integralmente, 203 parcialmente e 577 não foram acatadas. A ANEEL buscou equilibrar o detalhamento contratual, evitando engessar as regras em um contrato com validade de 30 anos, em um setor que passa por rápidas e constantes transformações.

Próximos passos da ANEEL

  1. Publicação da minuta do termo aditivo ao contrato de concessão.
  2. As distribuidoras terão 30 dias para solicitar à ANEEL a antecipação da renovação.
  3. A ANEEL terá 60 dias para avaliar o cumprimento dos indicadores técnicos e econômico-financeiros e encaminhar sua recomendação ao MME.
  4. O MME terá 30 dias para decidir e convocar as distribuidoras para a assinatura do contrato.
  5. As distribuidoras terão 60 dias, a partir da convocação, para formalizar a assinatura dos aditivos aos novos contratos de concessão.

A expectativa é que todo o processo seja concluído até 17 de julho de 2025, data de vencimento da concessão de Espírito Santo.

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