Fusão entre Petz e Cobasi: análise do CADE pode adiar criação de gigante do mercado pet

Com potencial para transformar o mercado pet no Brasil, a união das maiores redes de pet shops segue em avaliação pelo CADE; previsão de conclusão pode ser adiada para o segundo semestre de 2025.
Fusão entre Petz e Cobasi: análise do CADE pode adiar criação de gigante do mercado pet

A fusão entre Petz e Cobasi, duas das maiores redes de pet shops do Brasil, continua em análise pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O órgão solicitou informações adicionais para avaliar os impactos da operação no mercado, o que pode estender o prazo para aprovação do negócio. Apesar disso, analistas do mercado mantêm perspectivas positivas sobre o desfecho da fusão, que tem potencial para criar uma gigante do setor com significativa participação no mercado pet brasileiro.  

O caso  

O anúncio oficial da fusão ocorreu em agosto de 2024, após meses de negociações iniciadas em abril do mesmo ano. A operação foi formalizada por meio de um Fato Relevante e representa um movimento estratégico das duas empresas para consolidar suas operações, ganhando escala e sinergias significativas. Juntas, Petz e Cobasi detém 11% do mercado pet nacional e esperam gerar ganhos incrementais anuais de R$ 220 milhões a R$ 330 milhões em sinergias.  

No novo modelo societário, os acionistas da Petz terão 52,6% da companhia combinada, enquanto os da Cobasi ficarão com 47,4%. Paulo Nassar, cofundador da Cobasi, assumirá como CEO da nova empresa, e Sergio Zimerman, da Petz, ocupará o cargo de presidente do Conselho de Administração.  

Embora inicialmente prevista para o início de 2025, a conclusão do processo agora pode ser adiada para o segundo semestre do ano. Isso se deve à abordagem cautelosa do CADE, que busca garantir que a fusão não prejudique a competitividade no mercado pet, ainda considerado fragmentado. Enquanto isso, as empresas já começaram a planejar a integração das operações, com foco em governança, estrutura organizacional e retenção de talentos.  

Sobre o andamento da análise, o advogado responsável pela negociação, Daniel Rebello, destacou que as empresas têm mantido um diálogo ativo com o órgão para fornecer dados e informações que comprovam a ausência de preocupação concorrencial. Segundo ele, há confiança de que, após a instrução do caso, a análise técnica confirmará que a operação não resultará em impactos negativos ao mercado.

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Por Alice Demuner


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