Hoje o editorial é leve. Hoje ele fala de Brasília, do seu aniversário, dos seus 64 anos de existência.
Esta sexagenária pede licença para falar de sua juventude e de sua maturidade.
Da juventude, queremos falar dos tenros 64 anos de vida, da sua arquitetura moderna e exuberante, de suas superquadras arborizadas e de sua gente formada por todas as gentes do nosso Brasil e, por quê não, do nosso imenso mundo.
Aqui se come pato no tucupi, cuscuz nordestino, jabá com jerimum, arroz de cuxá, bolo de rolo, biscoito globo, pequi, doce de leite, sagu com vinho … e se toma cachaça de jambu, cachaça de salinas, guaraná Jesus, chimarrão, tereré, mate leão … ah!! Como se come bem e se bebe melhor ainda nesta terra!!
Ah!! Aqui também se escuta forró, música sertaneja, música clássica, samba, pagode, gaúcho da fronteira, Paulinho de Pedra Azul, Chico, Caetano, Trio Parada Dura, Calypso… e se dança a catira, a congada, a quadrilha de São João, o ballet clássico, o samba…
É, mas aqui também tem mazelas. Brasília tem o Brasil todo dentro dela. Aqui também temos pobreza, violência, crime organizado e tudo o que entristece o nosso Brasil. Nunca esqueçamos disso, nem quem mora aqui nem quem aqui vem para fazer negócios, trabalhar temporariamente e/ou passear. Brasília não é um Oásis como sói parecer para alguns, mas também não é um inferno e nem uma fábrica de malfeitos.
Lembremos que Brasília tem 64 anos e que ela é a Capital política do Brasil. A sua juventude garante que nem “todos” os maus políticos nasceram por aqui e, ao mesmo tempo que a sua maturidade também garante que os problemas que existem e que não são poucos não são problemas só de Brasília, mas sim de um Brasil inteiro.
Seguimos com a nossa Brasília “complicada e perfeitinha*”, afinal errare humanum est e Brasília é humana, linda e também perfeita, por quê não?
* Trecho da música Mulher de fases de autoria dos Raimundos.