Editorial

A prisão de um delegado de polícia, de um conselheiro do TCE e de um deputado federal revelam algumas cenas dos bastidores do crime que ceifou a vida da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes.

Sejamos sinceros!! Quem não sabia disso? Quem não sabia que a estrutura política e social do Rio de Janeiro estava em ruínas?

Não é novidade para ninguém que as milícias e o tráfico de drogas já franquearam o Rio de Janeiro há muito tempo.

Também não é novidade para ninguém que a infiltração deste crime organizado no poder público é um processo esperado e que ganha força pleito após pleito.

Não basta lucrar com a venda de drogas, de botijão de gás e com o gatonet, é preciso ter poder político, é preciso fazer leis, definir orçamentos e orientar as políticas públicas. É preciso também tomar corações e mentes e a próxima etapa destes grupos é a fé.

A história da milícia no Rio de Janeiro é muito mais antiga que se pode imaginar e, infelizmente, ela faz parte do tecido econômico e social deste belo Estado, que por tantas vezes foi cantado em verso e prosa como símbolo de beleza, de jovialidade e de alegria.

Os cariocas, que a muito estão atolados em um Rio de lama, choraram, neste domingo, um Rio de lágrimas.

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