Concorrência pelo mundo

03.08.2024

Apresentação

O informativo Concorrência pelo Mundo é publicado aos sábados e reúne as noticias das principais autoridades de defesa da concorrência do mundo (CADE, FTC, USDOJ, CMA etc).

Brasil

CADE vê posição dominante na operação 123 milhas/MaxMilhas

A Superintendência-Geral do CADE – SG converteu a operação de aquisição de 100% das ações da MaxMilhas pela 123 milhas em rito ordinário, por entender que operação gera posição dominante nos mercados relevantes da indústria de turismo (ato de concentração nº 08700.008693/2023-06).

Na Lei de Defesa da Concorrência do Brasil (Lei nº 12.529/2011) [p]resume-se posição dominante sempre que uma empresa ou grupo de empresas for capaz de alterar unilateral ou coordenadamente as condições de mercado ou quando controlar 20% (vinte por cento) ou mais do mercado relevante, podendo este percentual ser alterado pelo Cade para setores específicos da economia [art. 36, §2º].  

De acordo com o DESPACHO SG Nº 856/2024, a participação conjunta das requerentes nos mercados relevantes relacionados a agências de turismo está acima de 20% e abaixo de 50%, o que por si só já configura posição dominante da empresa fusionada. Adicionalmente, informou que a variação de delta HHI é superior a 200 pontos, o que indica haver nexo de causalidade entre a operação e o exercício de poder de mercado.

A SG realizará instrução complementar para confirmar a possibilidade de exercício de poder de mercado e fazer a análise da probabilidade de exercício de poder de mercado (entrada, rivalidade etc).

Empresa do Grupo Cosan adquirirá controle da Companhia Paranaense de Gás

A Compass Dois Ltda. adquirirá ações representativas de 51% do capital social da Compagas, atualmente detidas pela Companhia Paranaense de Energia – Copel (Ato de Concentração nº 08700.005313/2024-54). A Compagas é a concessionária local responsável pela distribuição de gás canalizado em todo o estado do Paraná (segmentos: residencial, comercial, industrial e veicular).

A Compass Dois é uma subsidiária da Compass Gás e Energia S.A. que, por sua vez, integra o grupo econômico da Cosan S.A. A Compass Gás e Energia S.A. já detém participação minoritária indireta na Empresa Alvo através de sua controlada Commit Gás S.A..

Segundo as requerentes (Formulário Anexo I), [a] Operação não resultará em novas sobreposições horizontais ou integrações verticais, posto se tratar de simples consolidação de posição acionária, uma vez que o Grupo Cosan, por meio da Commit, já detém, de forma indireta, participação no capital social da Empresa-Alvo. As relações econômicas entre as atividades da Empresa-Alvo e as da Compass e do Grupo Cosan são pré-existentes à Operação e será demonstrado adiante que, devido à baixíssima representatividade da Compagas na demanda e distribuição de gás natural, nem mesmo o reforço dessas relações é capaz de ensejar quaisquer preocupações concorrenciais.

A operação está sendo analisada pela Superintendência-Geral do CADE por meio de rito sumário.

A operação Sabesp já está no CADE

Já se encontra em análise na Superintendência-Geral do CADE – SG a operação que trata da aquisição de participação acionária na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP por uma controlada da Equatorial Energia S.A. (AC nº 08700.005228/2024-96).

De acordo com o documento que formaliza a operação, não há integração vertical decorrente da Operação e apenas em cenários mais conservadores a Operação envolveria sobreposições horizontais limitadas entre as atividades das Partes no mercado nacional de serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto, e no mercado nacional de geração de energia elétrica distribuída e centralizada (considerando todas as matrizes energéticas).

O caso está sendo analisada pela SG por meio de rito sumário, o que significa dizer que há uma chance muito grande da operação ser aprovada nos próximos dias.

O Grupo Amil se desfaz de hospital no Paraná

O CADE aprovou o ato de concentração nº 08700.005114/2024-46, cuja operação versa sobre a aquisição do Hospital Vitória, localizado no município de Curitiba/PR, pelo Hospital Nossa Senhora das Graças. O hospital adquirido era de propriedade da Empresa de Serviços Hospitalares S.A, holding do setor de saúde subsidiária do Grupo Amil.

A operação resulta em sobreposição horizontal nos mercados relevantes de hospital-geral e hospital-especializado, cuja participação de mercado conjunta é, segundo o Parecer da Superintendência-Geral do CADE, de 5,17% e 14,02%, respectivamente.

A jurisprudência do CADE define o mercado relevante de hospital-geral (dimensão produto) como sendo formado por aqueles hospitais que oferecem não apenas atendimento a pacientes internados, mas também serviços ambulatoriais, de pronto-socorro e medicina diagnóstica e define o mercado relevante de hospital-especializado como sendo formado por nosocômios que ofertam serviços médico-hospitalares em uma área da medicina, na qual possuem um know-how especializado (corpo médico, tecnologia e instalações), por exemplo: pediatria, ginecologia e obstetrícia, oncologia, cardiologia, neurologia, etc.

Geograficamente, a jurisprudência do CADE consigna que, para os hospitais-gerais, a concorrência se dá em um raio de deslocamento de dez quilômetros (10 km) ou vinte minutos (20 min.) a partir do hospital geral recentemente adquirido e, para os hospitais-especializados, a análise da concorrência pode ser feita com base no município da unidade adquirida ou no raio de 10 km de deslocamento (ou 20 minutos) a partir da unidade hospitalar adquirida, a depender do entendimento da autoridade concorrencial.

A operação foi aprovada sem restrições e o critério utilizado foi o de baixa participação de mercado com sobreposição horizontal (item III do ART. 8º, RES. CADE Nº 33/2022).

Internacional

Comissão Europeia abre consulta pública sobre novas diretrizes antitruste

A Comissão Europeia lançou ontem (01/08)  uma consulta pública para discutir o projeto de diretrizes sobre abusos de exclusão por empresas dominantes no mercado. O objetivo é aumentar a clareza e a segurança jurídica na aplicação do Artigo 102 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE).

O Artigo 102 do TFUE proíbe práticas abusivas de empresas dominantes, como preços predatórios, compressão de margens, acordos de exclusividade e recusa de fornecimento. Tais abusos prejudicam a concorrência, elevam preços, reduzem a inovação e pioram a qualidade dos produtos e serviços.

As novas diretrizes buscam refletir a interpretação da Comissão sobre a jurisprudência dos tribunais da UE e sua prática na aplicação do Artigo 102. Isso inclui orientações sobre a avaliação de dominância, a identificação de abusos e as justificativas que as empresas podem apresentar.

Margrethe Vestager, Vice-Presidente Executiva responsável pela política de concorrência, afirmou que “os abusos de exclusão prejudicam empresas e consumidores, resultando em preços mais altos e menor inovação. Nossas diretrizes buscam apresentar um quadro claro e coerente para avaliar condutas abusivas. Incentivamos todas as partes interessadas a compartilhar suas opiniões.”

Interessados podem enviar comentários até 31 de outubro de 2024. A Comissão planeja finalizar as diretrizes com base nos feedbacks recebidos ao longo de 2025.

CMA está consultando para atualização de Guias de Fusão

A Autoridade da Concorrência do Reino Unido, CMA, anunciou nessa manhã a abertura de fase de consulta para refletir a prática atual e as mudanças jurisdicionais e processuais introduzidas pela Lei de Concorrência e Consumidor de Mercados Digitais no regime de fusões.

Um total de 6 rascunhos foram disponibilizados e o prazo para finalização da atual fase vai de hoje até 12 de setembro. 

Os documentos são: 

CMA190 (alterações rastreadas) (448 KB) (pdf)

Documento de consulta (270 KB) (pdf)

CMA2 (limpo) (1,35 MB) (pdf)

CMA2 (alterações rastreadas) (1,61 MB) (pdf)

CMA17 (limpo) (319 KB) (pdf)

CMA17 (alterações rastreadas) (339 KB) (pdf)

CMA18 (limpo) (443 KB) (pdf)

CMA18 (alterações rastreadas) (486 KB) (pdf)

CMA64 (limpo) (295 KB) (pdf)

CMA64 (alterações rastreadas) (311 KB) (pdf)

CMA108 (limpo) (559 KB) (pdf)

CMA108 (alterações rastreadas) (680 KB) (pdf)

CMA190 (limpo) (405 KB) (pdf)

CMA investiga parceria entre Alphabet Inc. (Google LLC) com a Anthropic BBC

A Autoridade de Defesa Econômica do Reino Unido (CMA) informou por meio de nota publicada ontem (30) que está em fase de recebimento de manifestações referentes à parceria entre a Alphabet Inc., conglomerado vinculado ao Google, e a Anthropic BBC, startup americana de inteligência artificial. 

Segundo a CMA, é necessário descobrir se “a parceria da Alphabet com a Anthropic resultou na criação de uma situação de fusão relevante sob as disposições de fusão do Enterprise Act 2002 e, em caso afirmativo, se a criação dessa situação pode resultar em uma redução substancial da concorrência em qualquer mercado ou mercados no Reino Unido para bens ou serviços.” 

O envio de manifestações pode ser feito por qualquer parte interessada desde que antes do início da investigação formal, ou seja, até dia 13 de agosto. 

Booking.com é condenado pela autoridade espanhola da concorrência

A Comissão Nacional de Mercados e da Concorrência – CNMC (autoridade espanhola de defesa da concorrência) condenou o Booking.com em 413,24 milhões de euros por abuso de posição dominante (decisão).

Segundo a CNMC, o Booking.com impôs uma série de condições comerciais discriminatórias aos hotéis, quais sejam:

  • Uma cláusula de preço que os impede de oferecer os seus quartos nos seus próprios sites abaixo do preço oferecido em Booking.com (4), reservando-se a Booking.com o direito de reduzir unilateralmente o preço que os hotéis oferecem através do site ou aplicação Booking.
  • Várias cláusulas pelas quais (i) apenas a versão em inglês das Condições Gerais de Contrato (CGC) de Booking.com tem valor legal, (ii) a Lei aplicável às CGC é a dos Países Baixos e (iii) os tribunais competentes são os de Amesterdam em caso de conflito entre as partes.
  • Falta de transparência na informação sobre o impacto e rentabilidade da adesão aos programas Preferente, Preferente Plus e Genius. Estes programas permitem aos hotéis que os subscrevem melhorar o seu posicionamento no ranking padrão dos resultados do Booking.com, em troca de uma comissão mais elevada ou de oferecer descontos no quarto mais vendido ou mais barato que o hotel tem no Booking.com.

Adicionalmente, a CNMC apontou que o Booking.com também abusou de sua posição dominante ao impor as seguintes regras de exclusão às agências concorrentes:

  • Utilização do número total de reservas de um hotel através do Booking.com como critério de posicionamento na lista de resultados padrão do Booking.com. Isto incentiva os hotéis a concentrarem as suas reservas online exclusivamente através da Booking.com, evitando que concorrentes entrem ou se expandam no mercado.
  • Utilização como critério de acesso e permanência nos programas Preferente e Preferente Plus de um requisito de desempenho baseado fundamentalmente na rentabilidade de cada hotel para a Booking.com. Isto incentiva os hotéis que queiram aceder ou permanecer nos programas a seguirem uma política de preços e disponibilidade que os leve a concentrar as suas vendas na plataforma, em detrimento de outras agências concorrentes.

Segundo a CNMC, as referidas condutas foram praticadas no período de 5 anos.

27.07.2024

Apresentação

O informativo Concorrência pelo Mundo é publicado aos sábados e reúne as noticias das principais autoridades de defesa da concorrência do mundo (CADE, FTC, USDOJ, CMA etc).

Brasil

Notícias

Cade determina a conversão do ato de concentração de análise da aquisição da MaxMilhas pela 123 milhas para rito ordinário

A Superintendência-Geral do Cade alterou o rito de apreciação da aquisição da MaxMilhas pela 123 milhas. A conversão de rito sumário em ordinário foi necessária, pois a participação das empresas envolvidas no processo se dá no mesmo mercado em um patamar entre 30 e 40%. Isso significa que a transação proposta resultaria em um aumento significativo no índice de concentração no setor de milhas.

Fonte: CADE

Internacional

Seguindo tendências mundiais, a Autoridade Antitruste Italiana instaura investigação contra a Google por práticas comerciais desleais

Foi iniciada investigação contra a gigante Google por supostas práticas comerciais desleais pela Autoridade de Defesa Econômica da Itália. Segundo o órgão regulador sediado em Roma, o Google teria  enviado aos utilizadores pedidos de consentimento para a “conexão” dos serviços oferecidos. 

Segundo comunicado para imprensa realizado pela Autoridade,  este pedido parece não fornecer informações relevantes – ou forneceria informações incompletas e imprecisas – sobre o efeito real que o consentimento produz na utilização dos dados pessoais dos utilizadores pela Google, além de utilizar técnicas e métodos de apresentação do pedido de consentimento que poderiam influenciar a liberdade de escolha do consumidor médio. 

Mas esse não é o primeiro procedimento instaurado em face do Google por supostas violações contra lei antitruste. Ainda no ano passado, o Google fechou acordo de R$700 milhões em face de processo instaurado em 2021 por procuradores dos EUA, no qual a acusavam de favorecer a PlayStore em relação a outras lojas em dispositivos desse sistema operacional.  

Mais recentemente, a Comissão Europeia iniciou também investigação focada na nova parceria entre a Samsung e o Google no que se refere a implementação de funcionalidade IA, conhecido como Gemini, nos novos smartphones Samsung. 

Fonte: WebAdvocacy


A Autoridade Espanhola da Concorrência investiga a Apple

A Autoridade Espanhola da Concorrência (CNMC) abriu investigação contra a Apple Distribution International Ltd. y a Apple INC. por abuso de posição dominante.

A conduta anticompetitiva diz respeito aimposição de condições comerciais discriminatórias junto aos desenvolvedores que utilizam a loja de aplicativos da empresa (Apple App Store) para distribuir os aplicativos desta empresa aos usuários.

A CNMC tem 24 meses para realizar a instrução do caso e apresentar a decisão.

Fonte: WebAdvocacy


Os riscos concorrenciais da IA Generativa na mira do USDOJ, FTC, Comissão Europeia e CMA

O Departamento de Justiça dos EUA – USDOJ, o Federal Trade Commission – FTC, a Comissão Europeia e Competition Market Analysis – CMA assinaram uma Declaração Conjunta sobre a Concorrência em Modelos de IA Generativa e de Produtos de inteligência artificial – IA.

O documento aponta os seguintes riscos para a concorrência:

  • Controle concentrado dos principais insumos. Chips especializados, computação substancial, dados em escala e conhecimento técnico especializado são ingredientes críticos para desenvolver modelos de fundação de IA. Isso poderia potencialmente colocar um pequeno número de empresas em posição de explorar as gargalos em toda a pilha de IA e ter uma influência desproporcional sobre o desenvolvimento futuro dessas ferramentas. Isso pode limitar o escopo da inovação disruptiva ou permitir que as empresas a moldem para sua própria vantagem.
  • Consolidar ou ampliar o poder de mercado em mercados relacionados à IA. O atual desenvolvimento dos modelos de IA já estão em um momento em que grandes empresas digitais já desfrutam de fortes vantagens. Por exemplo, as plataformas podem ter um poder de mercado substancial em vários níveis relacionado à pilha de IA. Isso pode dar a essas empresas a capacidade de se proteger contra ou aproveitá-la para sua vantagem específica, inclusive por meio do controle da canais de distribuição de IA ou serviços habilitados para IA para pessoas e empresas. Isso pode permitir ampliar ou consolidar as posições que foram capazes de estabelecer por meio do última grande mudança tecnológica em detrimento da concorrência futura.
  • Acordos envolvendo atores-chave podem amplificar os riscos. Parcerias, investimentos financeiros e outras conexões entre empresas relacionadas ao desenvolvimento de IA generativa foram difundidos até o momento. Em alguns casos, estes acordos podem não prejudicar a concorrência, mas, em outros casos, essas parcerias e investimentos podem ser usados por grandes empresas para minar ou cooptar as ameaças concorrenciais e orientar os resultados do mercado a seu favor em detrimento da público.

Adicionalmente, a Declaração Conjunta também aponta outros riscos concorrenciais associados com a implantação da IA nos mercados, dentre os quais, pode-se citar: os riscos de desenvolvimento de algoritmos para realizar trocas de informações sensíveis, fixar preços ou de quaisquer outras estratégias de negócios que venham a violar as leis da concorrências dos países; e os riscos de desenvolvimento de algoritmos que sejam capazes de minar a concorrência por meio de discriminação de preços ou de excluir os rivais do mercado.

A íntegra da Declaração Conjunta está disponibilizada no endereço dl (justice.gov).

Fonte: WebAdvocacy

USDOJ e FTC ampliam o prazo da consulta pública referente aos efeitos das aquisições em série para a economia do EUA

Em maio de 2024 ao USDOJ e o FTC lançaram uma consulta pública conjunta para obter mais informações a respeito das aquisições em série realizadas por empresas e fundos private equity nos EUAs e que resultaram em corporações com elevado poder de mercado.

De acordo com o documento de requisição de informações, as aquisições em série ocorrem quando a mesma empresa consolida um mercado fragmentado por meio de uma série de aquisições, normalmente de muitas empresas relativamente pequenas. Quando ocorrem aquisições em série, um empresa torna-se maior e potencialmente dominante comprando várias empresas menores na mesma indústria ou em setores de negócios ou indústrias relacionados.

A preocupação das autoridades de defesa da concorrência dos EUA se dá porque os critérios de submissão da Lei de Defesa da Concorrência do Pais muitas vezes não alcançam operações problemáticas do ponto de vista concorrencial, simplesmente porque as empresas envolvidas na operação não possuem faturamento que torne a notificação obrigatórias às autoridades.

A investigação pública alcança, entre outros, consumidores, trabalhadores, escritórios de advocacia, associações profissionais e acadêmicos e os respondentes são convidados a responder um conjunto de itens, tais como: exemplos de aquisições em série e efeitos das aquisições em série.

Originalmente, 22 de julho de 2024 é o prazo final para os respondentes encaminharem as suas manifestações. Com a extensão de prazo, a nova data passou a ser 20 de setembro deste ano.

Fonte: WebAdvocacy


19.07.2024

Apresentação

O informativo Concorrência pelo Mundo é publicado aos sábados e reúne as noticias das principais autoridades de defesa da concorrência do mundo (CADE, FTC, USDOJ, CMA etc).

Brasil

A operação DaVita/Brasnefro (nefrologia) agora tem terceiro interessado

A Clínica Médica de Nefrologia de Alphaville Ltda. e a Diaverum Assistência Médica e Nefrológica Ltda. ingressaram como terceiros interessados na operação (DESPACHO SG Nº 841/2024) em que a DaVita Brasil Participações e Serviços de Nefrologia Ltda. adquire 100% das ações da Brasnefro Participações Ltda. (ato de concentração nº 08700.003691/2024-01).

Os terceiros interessados foram admitidos no processo pela Superintendência-Geral – SG porque são concorrentes diretos das empresas DaVita e Brasnefro e, como tal, estão expostas aos efeitos a serem causados pela aprovação da operação.

Segundo os terceiros interessados, a operação resultará em elevadas concentrações horizontais nos mercados de prestação de serviços de diálises para pacientes crônicos, em diversos mercados geográficos, e de prestação de serviços de diálise para pacientes clínicos (intra-hospitalar) em âmbito nacional.

A operação foi notificada ao CADE no dia 04.06.2024 e encontra-se em análise na SG.


Da Redação

WebAdvocacy – Direito e Economia


Fixação de preços e divisão de mercado: CADE abre processo contra empresas de transporte

Foi instaurado pelo CADE processo administrativo contra supostas condutas anticoncorrenciais que a Autoport Transportes e Logística Ltda e mais 8 empresas do segmento de transporte teriam praticado.A informação foi publicada hoje (18.07) no Diário Oficial da União. 

Segundo Nota Técnica do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (CADE), existem indícios de possível: divisão de mercado por meio de rodízio, combinação de propostas, divisão quantitativa e divisão geográfica. As evidências do caso apontam que as supostas condutas começaram 21 anos atrás, ainda em 2002. 

O suposto cartel controla cerca de 90% do mercado nacional e teria atuado perante montadoras e manipulado concorrências privadas, impondo a divisão de mercado e negociando reajustes e condições comerciais. Para isso, existem indícios que apontam que essa atuação era conjunta com a força sindical de associações de classe. 

O inquérito que conta mais de 15 milhões de documentos arrecadados, havia sido suspenso por haver discussão judicial pendente relacionada e foi retomado com o regular andamento da ação judicial. 


Fonte: NOTA TÉCNICA Nº 35/2024/CGAA7/SGA2/SG/CADE e DESPACHO SG DE 17 DE JULHO DE 2024


Da Redação

WebAdvocacy – Direito e Economia 


O Iguatemi adquirirá participação acionária no Shopping Rio Sul

O Iguatemi S.A. e o BB Premium Malls Fundo de Investimento Imobiliário de Responsabilidade Limitada adquirirão da Parshop Participações Ltda. as participações de 16,63% e 33,27% dos imóveis onde está situado o Shopping Rio Sul (operado no Rio de Janeiro/RJ), respectivamente (ato de concentração 08700.004930/2024-32).

Após a concretização desta operação, o Parshop Participações Ltda. manterá participação acionário indireta de 50.1% no Shopping Rio Sul.

O Iguatemi S.A. é a principal empresa do Grupo Jereissati, o qual possui participações acionárias em diversos Shoppings Centers espalhados nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Segundo informações prestadas pelas Requerentes no ato de concentração, o Grupo Jereissati não possui participação acionária em nenhum Shopping Center no Estado do Rio de Janeiro.

O processo está sendo analisado pela Superintendência-Geral do CADE – SG por meio do rito sumário, significando que a autoridade de defesa da concorrência brasileira entende, pelo menos até o final da análise, que o caso não envolve preocupações de natureza concorrência.


Da Redação

WebAdvocacy – Direito e Economia


CADE investiga 4 atos de concentração suspeitos de não notificação

Em Sessão de Distribuição realizada nesta terça-feira (16.07.2024), o presidente do CADE distribuiu 4 Procedimentos Administrativos de Apuração de Ato de Concentração – APAC.

O APAC nº 08700.005458/2019-98 (Representados: Grupo Interalli, Konrad Paraná Comércio de Caminhões Ltda., Fancar Veículos Ltda., Germano Zeni Veículos Ltda., Nelore Participações Eirelli e Vetor Automóveis Ltda.) foi distribuído à Conselheira Camila Cabral Pires Alves e os APACs nº 08700.002634/2022-35 (Representados: Biogénesis Bagó Saúde Animal Ltda. e Boehringer Ingelheim Animal Health do Brasil Ltda.), nº 08700.001008/2024-93 (Representados: NovaAgri Infra-Estutura de Armazenagem e Escoamento Agrícola S.A. e Safras Armazéns Gerais Ltda.) e 08700.000434/2024-18 (Representados: Dom Atacarejo S.A. e DMA Distribuidora S.A.) foram distribuído ao Conselheiro Diogo Thomson de Andrade. Em todos eles o CADE figurou como Representante.

O APAC é um instrumento utilizado pelo CADE para averiguar Atos de Concentração de notificação obrigatória que tenham sido consumados sem a apreciação da autoridade concorrencial brasileira.

De acordo com o art. 88, I e II, da Lei nº 11.529/2011, é de notificação obrigatória todo ato de concentração em que, cumulativamente, um dos grupos envolvidos na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 750 milhões e pelo menos um outro grupo envolvido na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 75 milhões. 

O APAC é um instrumento utilizado pelo CADE para averiguar Atos de Concentração de notificação obrigatória que tenham sido consumados sem a apreciação da autoridade concorrencial brasileira.

Caso haja condenação por consumação antes da apreciação do Ato de Concentração, os representados estarão sujeitos a pena de multa pecuniária (entre R$ 60 mil e R$ 60 milhões) e a determinação de notificação do ato ao Cade.


Da Redação

WebAdvocacy – Direito e Economia


CADE arquiva Processo Administrativo sobre parceria entre Decolar e Latam

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) decidiu arquivar o processo administrativo referente à parceria entre a Decolar.com Ltda. e a TAM Linhas Aéreas S/A (LATAM), junto com suas subsidiárias Travel Reservations S.R.L. e Fidelidade Viagens e Turismo S.A. (Latam Travel). A decisão foi tomada após uma análise minuciosa dos aspectos concorrenciais envolvidos no Ato de Concentração nº 08700.003964/2024-18.

O parecer do CADE concluiu que a operação não se configurou como um contrato associativo conforme os critérios estabelecidos pela legislação vigente, em especial a Lei nº 12.529/2011 e a Resolução nº 17/2016. A análise destacou a inexistência de compartilhamento de riscos e resultados entre as partes envolvidas.

A avaliação realizada pelo Parecer 11/2024  identificou que cada empresa mantém independência na condução de suas atividades, sem interferência mútua significativa. Por exemplo, problemas de precificação no hotsite gerido pela Decolar não afetam diretamente a LATAM, com cada entidade arcando com seus próprios riscos e custos.

A decisão também considerou a percepção dos consumidores, que relataram falta de coordenação entre as empresas. Reclamações registradas em plataformas como o “ReclameAqui” mostraram que falhas na comunicação entre as partes em alterações de pacotes turísticos foram recorrentes, corroborando a análise de independência operacional.

Dessa forma o Parecer assinado pelo Superintendente-Geral Alexandre Barreto de Souza, recentemente reconduzido ao cargo, reconheceu que, apesar dos benefícios econômicos advindos da parceria, os requisitos para a caracterização de um contrato associativo não foram atendidos. Dessa forma, a operação foi arquivada, sem necessidade de imposição de medidas adicionais.

Os interessados podem acessar o DESPACHO SG Nº 826, DE 15 DE JULHO DE 2024


Da Redação

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CADE abre Processo Administrativo contra montadoras de veículos de passeio

A Superintendência-Geral do CADE – SG abriu nesta segunda-feira (15.07.2024) Processo Administrativo – PA em desfavor das montadoras de veículos de passeio Audi AG, BMW AG, Porsche AG, Mercedes-Benz Group AG, Mercedes-Benz Group AG, Volkswagen AG, além de algumas pessoas físicas, em razão da suposta conduta anticompetitiva afetar o mercado internacional de veículos automotores leves destinados ao transporte de passageiros no Brasil.

Conforme a Nota Técnica da SG, a instauração do PA foi motivada pela suposta prática de trocas de informações concorrencialmente sensíveis, a qual teria ocorrido, pelo menos, a partir de meados de 1990, e teria durado até, pelo menos, 2017. No total, 6 (seis) empresas apresentam algum grau de participação, além de 23 (vinte e três) pessoas físicas funcionárias ou ex-funcionárias das empresas envolvidas.

De acordo com a SG, [i]nformações concorrencialmente sensíveis “são informações específicas (não agregadas) e que versam diretamente sobre o desempenho das atividades-fim dos agentes econômicos”. São, portanto, dados de um determinado agente econômico – tais como custos de produção, informações sobre precificação, clientes, fornecedores, estratégia competitivas, entre outros – cujo compartilhamento com um concorrente poderia impactar na sua atuação e em suas decisões comerciais.

A nota técnica que fundamenta a decisão da SG está disponível no link NOTA TÉCNICA Nº 3/2024/CGAA10/SGA2/SG/CADE.


Da Redação

WebAdvocacy – Direito e Economia


A Universidade Estácio faz operação para adquirir mais uma IES

Ingressou no CADE na última sexta-feira (12.07.2024) a operação em que a Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda. – SESES pretende adquirir a totalidade das quotas representativas de 100% do capital social total e votante do Instituto Cultural Newton Paiva Ferreira Ltda. (AC nº 08700.004822/2024-60).

De acordo com a notificação:

A SESES é integralmente controlada pela YDUQS Participações S.A (“YDUQS”), uma companhia aberta de capital autorizado, com ações listadas na B3 S.A. – Brasil, Bolsa e Balcão (“B3”), no segmento Novo Mercado e com American Depositary Receipts (“ADR”) negociados no mercado de balcão nos Estados Unidos. A YDUQS é controladora do grupo YDUQS (“Grupo YDUQS”), que atua no setor de ensino médio regular e ensino superior, oferecendo cursos de graduação e pós graduação (lato sensu, stricto sensu e cursos de extensão) presencial e a distância (“EAD”), bem como cursos livres por todo o Brasil.
A Newton Paiva, cujo capital é de propriedade das Vendedoras e controlada, em última instância,
pela Splice do Brasil (“Grupo Splice”), é mantenedora da IES NP que oferta cursos de graduação,
pós-graduação e cursos livres no munícipio de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. A IES NP
também oferta cursos de graduação e pós-graduação EAD, bem como possui polos ativos1 em 9
municípios: (i) Belo Horizonte/MG; (ii) Betim/MG; (iii) Bom Despacho/MG; (iv) Contagem/MG; (v)
João Monlevade/MG; (vi) Lagoa Santa/MG; (vii) Pará de Minas/MG; (viii) Sabará/MG; e (ix) Santa
Luzia/MG.

Ainda,conforme a notificação, a SESES é mantenedora de 11 IES credenciadas para a oferta de cursos de graduação e pós-graduação lato sensu, nas modalidades presencial e a distância, bem como cursos de mestrado e doutorado, na modalidade presencial nos municípios de Alagoinhas/BA, Belo Horizonte/MG, Juiz de Fora/MG, Vila Velha/ES, Vitória/ES, Angra dos Reis/RJ, Cabo Frio/RJ, Campos dos Goytacazes/RJ, Duque de Caxias/RJ, Macaé/RJ, Niterói/RJ, Nova Friburgo/RJ, Nova Iguaçu/RJ, Petrópolis/RJ, Queimados/RJ, Resende/RJ, Rio de Janeiro/RJ, São Gonçalo/RJ, São João de Meriti/RJ, Teresópolis/RJ, Volta Redonda/RJ, Ourinhos/SP, Jaraguá do Sul/SC, São José/SC, Campo Grande/MS, Goiânia/GO e a distância. Além disso, é mantenedora de 37 Escolas de Educação Básica que ofertam cursos técnicos de nível médio nos estados do Rio Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Espírito Santo.
O Grupo YDUQS, por seu turno, é controladora de 29 instituições dedicadas a educação superior além da SESES.

A Superintendência-Geral do CADE está analisando a operação por meio do rito ordinário em razão da forte atuação da SESES e do Grupo YDUQS no território nacional.


Da Redação

WebAdvocacy – Direito e Economia

Internacional

Armani e Dior são alvo de investigação antitruste por supostas práticas comerciais desleais e exploração de trabalhadores 

A  AGCM (Autorità Garante Della Concorrenza e del Mercato), Autoridade Antitruste da Itália iniciou uma investigação por supostas práticas comerciais desleais cometidas pelos grupos Armani e Dior. A notícia foi publicada no sítio eletrônico do próprio Órgão na data de ontem (17.08). 

Segundo a Autoridade, ambos os grupos teriam feito declarações falsas de responsabilidade ética e social no que diz respeito às condições de trabalho e ao cumprimento da lei nos seus fornecedores. As empresas, que enfatizam o artesanato e excelência das peças, na verdade teriam recorrido a insumos de laboratórios e fábricas que empregam trabalhadores que recebiam salários inadequados, além de operarem além dos limites legais e em condições insuficientes de saúde e segurança. 

O órgão regulador antitruste enfatizou o contraste dos níveis de excelência produtiva com as condições dos trabalhadores e informou que no dia 16 deste mês, servidores da AGCM, com ajuda da Unidade Especial Antitruste da Polícia Financeira, realizaram fiscalizações nas sedes de ambas as empresas. 

A grife italiana Armani em nota garantiu que colaboraria para o inquérito, mas que as hipóteses são “infundadas”. A Dior, condenou firmemente esses atos incorretos e que excluiria os fornecedores que estão envolvidos no caso.


Da Redação 

WebAdvocacy – Direito e Economia 

A CNMC desmantela três cartéis que compartilhavam o fornecimento de alimentos para hospitais, asilos, prisões e instalações do Exército

  • Sete empresas e cinco dos seus administradores foram multados em 3,13 milhões de euros e 176,1 mil euros, respetivamente.
  • A investigação começou graças a consultas sobre certos contratos feitos por funcionários de outras administrações à CNMC.
  • Os cartéis que afetam os contratos públicos são particularmente nocivos para a sociedade porque afetam a despesa pública.

Júri condena dois executivos por conspiração antitruste de longa data para fixar preços, fraudar licitações e alocar mercados para concreto

O júri condenou Gregory e David Melton ontem no Tribunal Distrital dos EUA em Savannah, Geórgia, por seu papel em uma conspiração para fixar preços, fraudar licitações e alocar mercados para vendas de concreto pronto na Geórgia e na Carolina do Sul. A conspiração, que começou já em 2010 e continuou até cerca de julho de 2016, envolveu a coordenação de cartas de aumento de preços para clientes, a alocação de empregos específicos na área costeira da Geórgia e a apresentação de propostas aos clientes em condições colusivas e não competitivas.

13.07.2024

Apresentação

O informativo Concorrência pelo Mundo é publicado aos sábados e reúne as noticias das principais autoridades de defesa da concorrência do mundo (CADE, FTC, USDOJ, CMA etc).

Brasil

A reviravolta da operação 3R Petroleum Offshore S.A. e Consórcio Papa-Terra no CADE

A operação 3R Petroleum Offshore S.A. e Consórcio Papa-Terra (AC. nº 08700.004023/2024-93), que consiste na aquisição pela 3R Petroleum Offshore S.A. de ativos detidos pela Nova Técnica Energy Ltda. relacionados à sua participação em um consórcio para produção e exploração de óleo e gás no campo Papa Terra, foi aprovada sem restrições pela Superintendência-Geral do CADE – SG no dia 26.06.2024.

De acordo com o Parecer 298/2024/CGAA5/SGA1/SG, a operação apresenta sobreposição horizontal no mercado de exploração e produção de petróleo e gás natural e integrações verticais entre os mercados de (i) exploração de petróleo e gás natural pelo Negócio-Alvo, a montante e (ii) o mercado de refino de derivados de petróleo realizado pelo Grupo 3R por meio da RPCC, a jusante; e entre o mercados de (iii) exploração de petróleo e gás natural pelo Negócio-Alvo e (iv) o mercado de prestação de serviços portuários pelo Grupo 3R por meio do Terminal Aquaviário de Guamaré.

A SG pugnou pela inexistência de problemas concorrências no mercado em que há sobreposição horizontal e nos mercados em que ocorrem as integrações verticais, tendo em vista que as estimativas de participação conjunta das Requerentes em todos os mercados horizontalmente sobrepostos e verticalmente integrados estariam situadas abaixo de 20% e 30%, respectivamente, sendo aprovada a operação com base hipóteses de procedimento sumário do art. 8º, incisos III e IV, da Resolução nº 33/22 (III – Baixa participação de mercado com sobreposição horizontal; IV – Baixa participação de mercado com integração vertical).

Ocorre, no entanto, que os patronos da Nova Técnica Energy Ltda. – NTE ingressaram com Recurso Administrativo Inominado junto ao CADE, alegando, que a notificação deste Ato de Concentração foi feita ao Cade pela 3R Offshore de maneira totalmente irregular e ilegal. Contrariamente ao que dispõe a lei, a 3R Offshore formulou seu pleito ao Cade de forma unilateral e sem qualquer participação da parte que seria justamente a detentora dos ativos objeto da operação, que é a NTE, ora Recorrente. Nas palavras dos Patronos da NTE, isso representa violação ao texto literal do art. 88 da Lei nº 12.529/2011, segundo a qual os atos de concentração econômica “serão submetidos ao Cade pelas partes envolvidas na operação”, resultando disso, pura e simplesmente, a completa nulidade de todo o processo.

O Recurso foi acolhido e a operação foi distribuída à conselheira Camila Pires Alves na 11ª Sessão Ordinária de Distribuição realizada na última quarta-feira.

Yara Brasil vende ativos relativos à produção e comercialização de fertilizantes finais NPK 

A Superintendência-Geral do CADE aprovou nesta quinta-feira (11.07) a operação de aquisição de ativos e de direitos direitos da Yara relacionados à produção e comercialização de fertilizantes finais NPK distribuídos na forma líquida e cultivo de cana-de-açúcar pela Fass Indústria e Comércio de Produtos Agropecuários Ltda. (AC nº 08700.004467/2024-29).

A operação envolveu sobreposição horizontal no mercado de fertilizantes finais e reforço de integração vertical entre os mercados de fertilizantes finais e de cultivo de cana-de-açúcar.

De acordo com o Parecer 334/2024/CGAA5/SGA1/SG, a operação não enseja preocupações concorrenciais nem no mercado onde há sobreposição horizontal nem nos mercados envolvidos na integração vertical, pois a concentração horizontal no mercado de fertilizantes finais não ultrapassa os 10% e as participações do Grupo ENG (Grupo da empresa Fass Indústria) no mercado de cultivo de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo e Nacional também são inferiores a 10%, sendo ambos abaixo de 30%, patamar a partir do qual se presume possibilidade de fechamento de mercado.

A operação foi aprovada sem restrições com base na baixa participação de mercado com sobreposição horizontal e na baixa participação de mercado com integração vertical (Res. 33/2022, art. 8º, III e IV).

CADE arquiva Inquérito Administrativo contra o Google e o Facebook

O CADE arquivou o Inquérito Administrativo nº 08700.006751/2022-78 contra o Google INC., Google Brasil Internet Ltda., Meta Inc. e Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. por insubsistência dos indícios de infração à ordem econômica.

De acordo com a NOTA TÉCNICA Nº 46/2024/CGAA11/SGA1/SG/CADE, a investigação se deu em torno do acordo celebrado entre as Representadas, internacionalmente conhecido na mídia como “Jedi Blue”, por meio do qual o Google supostamente garantiria condições especiais a Meta nos leilões de anúncios em troca de uma postura de não concorrência no mercado de publicidade digital, consistiria em infração à ordem econômica.

Em razão do seu escopo global, o acordo “Jedi Blue” foi objeto de investigação em outras jurisdições, tendo sido arquivado na Comissão Europeia, nos Estados Unidos e no Reino Unido.

A Superintendência-Geral do CADE – SG concluiu que o “acordo Jedi Blue” dizia respeito, em verdade, ao Network Bidding Agreement, celebrado entre as Representadas com o intuito de permitir à rede de anúncios da Meta (Meta Audience Network) participar nos leilões promovidos pelas ferramentas de leilão de anúncios (ad exchange) do Google, sendo constatada a insubsistência dos indícios de infração à ordem econômica em razão de, entre outras coisas, não dispor o contato de qualquer limitação absoluta ao direito de qualquer das Partes de desenvolver ou aprimorar produtos ou serviços próprio que porventura venham a concorrer com a outra.

Pelas razões mencionadas, a Autoridade brasileira de defesa da concorrência determinou o arquivamento do processo, argumentando que este ato não prejudica futura análise em caso de surgimento de novos fatos que permitam aferir eventual caráter anticoncorrencial de ações adotadas pelas Representadas. 

Empresa do Grupo Ultra faz operação para adquirir 49 postos de combustível no estado de São Paulo

A Millennium é uma empresa controlada pela Ultrapar Participações S.A. e integrante do Grupo Ultra adquirirá 49 postos de combustível da empresa GPA por meio do ato de concentração nº 08700.004705/2024-04.

De acordo com as informações prestadas pelas Requerentes ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, a operação gera integração vertical entre as atividades das empresas do Grupo Ultra e a atividade de comércio varejista de combustíveis líquidos da Requerente, mas não gera sobreposição horizontal entre as atividades da compradora

Segundo consta na notificação do ato de concentração, não há sobreposição horizontal porque a atuação Millenium se limita aos estados do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro e há integração vertical porque algumas empresas do Grupo Ultra atuam nos mercados de distribuição de GLP (Ultragaz e da Bahiana), de armazenamento de líquidos a granel (Ultracargo), e de logística de abastecimento e distribuição de GNC (Neogás).

O edital do ato de concentração nº 08700.004705/2024-04 foi publicado no DOU de terça-feira (09.07.2024) e está em análise na Superintendência-Geral do CADE – SG.

Facebook é alvo de processo no CADE por utilização compulsória de dados para treinamento de IA

A Superintendência do CADE – SG instaurou procedimento preparatório para investigar a denúncia de utilização compulsória de dados de consumidores para treinamento de inteligência artificial IA das plataformas da Meta feita pelo Instituto de Defesa de Consumidores – IDEC.

A denúncia realizada pelo IDEC tem por base a ausência de informação oficial da Meta a política de privacidade do Facebook e Instagram referente a utilização de dados pessoais públicos coletados nestas rede sociais para treinamento de sua nova tecnologia de inteligência artificial, tendo em vista os usuários das empresas do Meta na União Europeia UE e Reino Unido foram avisados a respeito da alteração da política de privacidade nestes países.

No pedido, o IDEC solicitou que o CADE instaura-se inquérito administrativo para investigar o Facebook e
o Instagram por diversas infrações à ordem econômica, sobretudo, àquelas referentes a criação de dificuldades à constituição, ao funcionamento ou ao desenvolvimento de empresa concorrente ou de fornecedor, adquirente ou financiador de bens ou serviços (Art. 36,§ 3º, IV), resultante do abuso da sua posição dominante.

Pela Lei nº 12.529/2011, o CADE tem 30 dias para realizar as diligências para instruir o procedimento preparatório de inquérito administrativo e decidir se a matéria é competência da Autoridade de defesa da concorrência, podendo arquivar o procedimento preparatório ou abrir inquérito administrativo para apuração de infrações à ordem econômica.

Internacional

Comissão Europeia aceita medidas da Apple para abrir acesso à tecnologia ‘tap and go’ em iPhones

A Comissão Europeia tornou legalmente vinculativas as medidas oferecidas pela Apple de acordo com as regras antitruste da UE. Essas medidas abordam a recusa da Apple em conceder acesso a rivais à tecnologia NFC (‘tap and go’) usada para pagamentos sem contato em iPhones.

Preocupações de Concorrência

A Comissão concluiu preliminarmente que a Apple abusou de sua posição dominante no mercado de carteiras móveis em lojas no iOS, restringindo o acesso ao NFC apenas ao Apple Pay. Isso resultou em menos inovação e escolha para os usuários.

Compromissos da Apple

Para resolver essas preocupações, a Apple se comprometeu a:

  • Permitir acesso gratuito ao NFC no iOS para desenvolvedores de carteiras de terceiros, sem precisar usar o Apple Pay.
  • Aplicar procedimentos justos e transparentes para conceder acesso ao NFC.
  • Permitir que os usuários configurem facilmente um aplicativo de pagamento HCE como padrão.
  • Estabelecer um sistema de monitoramento e resolução de disputas independente.
  • Aplicar esses compromissos a todos os desenvolvedores de aplicativos móveis no EEE e usuários de iOS com Apple ID registrado no EEE.

Após testar tais medidas no mercado, a Comissão aceitou as alterações da Apple, que incluem estender a possibilidade de iniciar pagamentos com aplicativos HCE em outros terminais e remover a exigência de uma licença PSP.

Contexto

O Artigo 102 do TFUE proíbe o abuso de posição dominante que afete o comércio e restrinja a concorrência. A investigação formal sobre a Apple começou em junho de 2020, com uma Declaração de Objeções enviada em maio de 2022. Além dos compromissos do Artigo 9, a Comissão encerrou a investigação sobre restrições online e recusas de acesso ao Apple Pay para produtos de rivais.

Se a Apple não cumprir esses compromissos, a Comissão pode impor multas de até 10% do faturamento anual total ou penalidades diárias de 5% do faturamento diário.

Microsoft Desiste de Posição de Observador no Conselho da OpenAI em Meio a Questões Antitruste

A Microsoft  deixou sua posição de observador no conselho da OpenAI, empresa conhecida pela criação do ChatGPT, em meio a crescente escrutínio regulatório por parte de autoridades antitruste na Europa, Reino Unido e EUA. Este papel, adquirido em novembro do ano passado, permitia à gigante da tecnologia  participar de reuniões e acessar informações confidenciais sem ter direito a voto.

A saída da Microsoft desse cargo ocorre devido a melhorias significativas na governança da OpenAI desde que Sam Altman reassumiu como CEO. O investimento da Microsoft na OpenAI, que ultrapassa US$ 10 bilhões, suscitou preocupações sobre o nível de sua influência sobre a empresa de IA.

Em uma carta datada de 9 de julho, a Microsoft afirmou sua confiança no novo conselho da OpenAI e nos avanços da empresa em parcerias, inovação e crescimento de clientes, declarando que sua presença como observador não era mais necessária.

Recentemente, reguladores antitruste da União Europeia concluíram que a parceria entre Microsoft e OpenAI não configura uma fusão, uma vez que a Microsoft não exerce controle sobre a OpenAI. No entanto, eles continuam a buscar opiniões de terceiros sobre os termos de exclusividade do contrato.

Enquanto isso, autoridades do Reino Unido e dos EUA expressam preocupações contínuas sobre a influência da Microsoft na OpenAI e sua autonomia.

06.07.2024

Apresentação

O informativo Concorrência pelo Mundo é publicado aos sábados e reúne as noticias das principais autoridades de defesa da concorrência do mundo (CADE, FTC, USDOJ, CMA etc).

Internacional

A operação Lufthansa/ITA Airways foi aprovada pela Comissão Europeia

De acordo com a decisão da Comissão Europeia, as preocupações são, in verbis:

  • Redução da concorrência num certo número de rotas de curta distância que ligam a Itália aos países da Europa Central através de voos sem escalas e com escala única. Em tais rotas: (i) Lufthansa e ITA competem frente a frente ou provavelmente competiriam frente a frente em breve; e (ii) a concorrência é limitada e provém principalmente de transportadoras de baixo custo, como a Ryanair, que em muitos casos operam a partir de aeroportos mais remotos.
  • Redução da concorrência num número limitado de rotas de longo curso entre a Itália e os EUA e o Canadá. Dado que a Lufthansa e os seus parceiros de empresa comum, United Airlines e Air Canada, coordenam em matéria de preço, capacidade e programação, e partilham receitas, a Comissão trata as atividades da ITA, da Lufthansa e dos seus parceiros de empresa comum como as de uma única entidade ao avaliar esta transação. Os parceiros de joint venture da ITA e da Lufthansa competem frente a frente com voos sem escalas nessas rotas e a concorrência de outras companhias aéreas é limitada.
  • Criou ou reforçou a posição dominante da ITA no aeroporto de Milão-Linate, o que poderia ter dificultado a prestação de serviços de transporte aéreo de passageiros de e para Milão-Linate pelos rivais.

Ver notícia completa: A operação Lufthansa/ITA Airways foi aprovada pela Comissão Europeia

Investigação de mercado de serviços em nuvem pela Autoridade da Concorrência do Reino Unido

A Autoridade da Concorrência do Reino Unido – CMA está investigando o fornecimento de serviços de infraestrutura de nuvem pública no Reino Unido.

Ver Clipping da Concorrência 01.07.2024

Inteligência artificial generativa: a Autoridade da Concorrência francesa emite seu parecer

Este parecer visa fornecer aos participantes da indústria uma análise competitiva do funcionamento deste mercado em rápido desenvolvimento. Centra-se mais particularmente nas estratégias implementadas pelos principais players digitais com o objetivo de consolidar o seu poder de mercado a montante da cadeia de valor de IA generativa, ou seja, na concepção, formação e especialização de grandes modelos linguísticos ou alavancar esse poder de mercado para se desenvolver neste setor. A Autorité está, portanto, particularmente interessada nas práticas implementadas pelos players já presentes na infraestrutura de computação em nuvem e nas questões relacionadas ao acesso a essas infraestruturas, poder computacional, dados e mão de obra qualificada. Também examina os investimentos de capital e parcerias de grandes players digitais, particularmente em empresas inovadoras especializadas em IA generativa.

Ver Clipping da Concorrência 01.07.2024

FTC bloqueia a aquisição de dois hospitais do Sistema de Saúde Comunitário pela Novant Health

O Diretor de Concorrência do FTC, Henry Liu, assim se posicionou em relação ao bloqueio da aquisição:

A consolidação hospitalar diminui a qualidade do atendimento e aumenta os custos dos serviços críticos. O acordo de Novant com os sistemas comunitários de saúde teria seguido essa mesma tendência em detrimento dos norte-carolinenses.

Agora, com este acordo fora da mesa, a Novant e os Sistemas Comunitários de Saúde continuarão a competir entre si, proporcionando melhores resultados para os pacientes, tanto em qualidade de atendimento quanto em preço … .”

Ver Clipping da Concorrência 02.07.2024

A ACCC aceita compromissos da Telstra e da Optus durante a sua investigação em curso sobre os serviços de pesquisa da Google

Durante a investigação sobre a conduta do Google, a ACCC tomou conhecimento de acordos que o Google havia iniciado e firmado com a Telstra e a Optus, o que significava que os serviços de pesquisa do Google eram pré-instalados como o serviço de pesquisa padrão em dispositivos Android fornecidos por essas empresas.

Ver Clipping da Concorrência 03.07.2024

A Autoridade Portuguesa da Concorrência – Adc bloqueou a operação Vodafone/Nowo

A Vodafone é uma operadora de comunicações eletrônicas multisserviço ativa em Portugal, onde fornece comunicações fixas e móveis, serviços de Internet fixa e móvel, serviços de televisão por subscrição e pacotes de telecomunicações, e a Nowo é uma empresa que oferece serviços de comunicações eletrônicas em Portugal Continental, incluindo voz fixa,  telecomunicações móveis, acesso à Internet de banda larga a clientes residenciais, serviços de televisão por subscrição e pacotes de telecomunicações a clientes residenciais.

A AdC concluiu que a operação de concentração resultaria em impactos nefastos para os consumidores de telecomunicações em Portugal, decorrente, nomeadamente, dos seguintes aspectos anticoncorrenciais:

  • aumento do poder de mercado da Vodafone e dos seus principais concorrentes;
  • reforço das condições para o alinhamento de ofertas dos vários operadores (i.e., efeitos coordenados); e
  • reforço das barreiras à entrada no mercado.

Ver Clipping da Concorrência 05.07.2024

29.06.2024

Apresentação

O informativo Concorrência pelo Mundo é publicado aos sábados e reúne as noticias das principais autoridades de defesa da concorrência do mundo (CADE, FTC, USDOJ, CMA etc).

Internacional

Comissão aplica multa de 15,9 milhões de euros à International Flavors & Fragrances por apagar mensagens de WhatsApp durante inspeção antitruste

A Comissão Europeia multou a International Flavors & Fragrances Inc e a International Flavors & Fragrances IFF France SAS (em conjunto com a IFF) em 15,9 milhões de euros por obstruírem uma inspeção da Comissão em 2023. A Comissão descobriu que, durante a inspeção, um alto funcionário do IFF apagou intencionalmente mensagens de WhatsApp trocadas com um concorrente.

Ver Clipping da concorrência 24.06.2024

A Comissão envia uma declaração de objeções à Microsoft sobre práticas de subordinação possivelmente abusivas em relação ao Teams

A Comissão Europeia informou a Microsoft de sua visão preliminar de que a Microsoft violou as regras antitruste da UE ao vincular seu produto de comunicação e colaboração Teams a seus populares aplicativos de produtividade incluídos em seus pacotes para empresas, Office 365 e Microsoft 365.

Ver Clipping da concorrência 26.06.2024

A CNMC multa a SGAE em 6,4 milhões de euros por abuso de posição dominante ao conceber e aplicar as taxas que cobra às estações de rádio e televisão pela utilização do seu repertório musical e audiovisual

  • O SGAE concebeu as tarifas de tal forma que todos os operadores de rádio e a grande maioria dos operadores de televisão tiveram de tirar partido de uma “taxa média de disponibilidade” (comparável a uma taxa fixa) para poderem utilizar o seu repertório.
  • A utilização generalizada de taxas fixas teve um duplo efeito anticoncorrencial: privar os operadores de uma opção tarifária real, baseada na utilização efetiva dos direitos (efeito explorador), e limitar os seus incentivos à contratação concorrencial.
  • No caso dos direitos musicais, a SGAE potencializou o efeito excludente ao incluir nos contratos com os usuários declarações sobre a universalidade de seu repertório e garantias de indenização contra reclamações de uso de direitos de terceiros.
  • A investigação teve início após denúncias das entidades Derechos de Autores de Medios Audiovisuales, Entidad de Gestión (Dama) e Unison Rights, S.L. (Unison).

Ver Clipping da concorrência 26.06.2024

Autoridade francesa da concorrência emite parecer sobre Inteligência artificial generativa

A Autoridade faz várias recomendações destinadas a promover a dinâmica competitiva do setor:

– de acordo com a lei, tornar mais eficaz o quadro regulamentar aplicável ao setor;

– em caso de prejuízo da concorrência, mobilizar os instrumentos rápidos e eficazes do direito da concorrência e do direito das práticas restritivas;

– Incentivar a inovação, garantindo um melhor acesso ao poder informático;

– assegurar um equilíbrio entre uma remuneração justa para os titulares de direitos e o acesso dos promotores de modelos aos dados necessários para inovar;

– reforçar a transparência sobre os investimentos de capital dos gigantes digitais.

Ver Clipping da concorrência 28.06.2024

22.06.2024

Apresentação

O informativo Concorrência pelo Mundo é publicado aos sábados e reúne as noticias das principais autoridades de defesa da concorrência do mundo (CADE, FTC, USDOJ, CMA etc).

Brasil

O CADE aprovou 11 atos de concentração nesta semana

Entre os casos aprovados está o ato de Concentração nº 08700.003901/2024-53, de interesse das empresas Viezzer Participações Ltda. e WMS Supermercados do Brasil Ltda.

Esta operação consiste na aquisição, por Viezzer, de imóvel não operacional localizado em Canoas/RS (“Ativo-Objeto”). No passado, o Grupo Carrefour operou um supermercado no Ativo-Objeto.

Ver Atos de concentração aprovados na semana – 21.06.2024

A operação SMR/CIA Paraná de Alimentos S.A. é avocada pelo Tribunal do CADE

A operação envolvendo a MR Participações Investimentos S.A. e CIA Paraná de Alimentos S.A.. foi distribuída ao Conselheiro Diogo Thompson Andrade na Sessão de Distribuição do CADE desta quarta-feira (19.06).

A operação foi aprovada sem restrições pela Superintendência-Geral do CADE em 27.05.2024 com base na existência de rivalidade no mercado relevante de comércio atacadista e varejista de autosserviço.

Ver Notícia.

Aprovadas duas indicações ao CADE

Alexandre Barreto de Souza teve seu nome aprovado para a recondução ao cargo de superintendente-geral do órgão e André Luís Macagnan Freire foi aprovado para o cargo de procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada junto ao Cade.

Ver Notícia.

Internacional

União Europeia avança com investigação não anunciada no cartel dos pneus

A Comissão está preocupada com o fato de a empresa de consultoria poder ter facilitado ou instigado a suspeita de coordenação de preços entre os fabricantes de pneus, que alegadamente também utilizaram canais de comunicação públicos para criar conluios.

As inspeções sem aviso prévio constituem uma etapa de investigação preliminar sobre suspeitas de práticas anticoncorrenciais.

Ver notícia no Clipping da Concorrência – 18.06.2024

A autoridade espanhola investiga a distribuidora elétrica do Grupo Naturgy (UFD) por possíveis práticas anticompetitivas

A investigação teve início com base numa série de denúncias contra a UFD por práticas contrárias Lei de Defesa da Concorrência e em informações confidenciais levadas a cabo pela Direção da Concorrência (artigo 49.º, n.º 2, do PMD). A CNMC inspecionou duas sedes do Grupo Naturgy.

Ver notícia no Clipping da Concorrência – 19.06.2024

15.06.2024

Apresentação

O informativo Concorrência pelo Mundo é publicado aos sábados e reúne as noticias das principais autoridades de defesa da concorrência do mundo (CADE, FTC, USDOJ, CMA etc).

Brasil

CADE aprovou sem restrições a operação Votorantim/Polimix

A operação de investimento conjunto na construção de um novo forno na fábrica de cimento da Votorantim situada no município de Cantagalo/RJ, da negociação de contrato de fornecimento de insumos (cimento puro – CPIND e clínquer) pela Votorantim à Polimix e da negociação de potencial direito de preferência para aquisição do ativo (Forno ) pela Votorantim, ao final do prazo de duração do investimento.

A Superintendência-Geral do CADE aprovou a operação com base nas participações de mercado das empresas envolvidas na operação nos mercados verticalmente integrados. Segundo o Parecer da Superintenedência-Geral, todas as participações de mercado das empresas envolvidas na operação são inferiores a 30%, motivo pelo qual a autoridade, com base no art. 8º, inciso IV*, da Resolução nº 33/22, aprovou a operação sem restrições pelo rito sumário.

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Está disponível a pauta de julgamento do CADE do dia 19.06

A pauta do dia 19.06 conta com três processos: o Procedimento Administrativo de Apuração de Ato de Concentração nº 08700.009330/2023-80 (Vancouros Indústria e Comércio de Couros Ltda, Viposa S.A. e Indústria e Comércio de Couros Britali Ltda), Processo Administrativo nº 08700.005438/2021-31 (Gilvan Celso Cavalcanti de Morais Sobrinho e a empresa Miriri Alimentos e Bioenergia S.A.) e Processo Administrativo nº 08700.010979/2013-71 (n Eletric Corporation Ltda. e as pessoas físicas Cheng Yuan Lin e Wen Jun Cheng ).

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Veja os atos de concentração aprovados pelo CADE nesta semana

O CADE aprovou 16 atos de concentração nesta semana, sendo todos eles por rito sumário. Destaque para o Ato de Concentração nº 08700.003690/2024-59, de interesse da Votorantim Cimentos e Polimix Ltda., que, apesar de resultar em duas integrações verticais, foi aprovado porque as empresas detêm menos que 30% de participação nos mercados afetados.

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Internacional

USDOJ ganha quatro novos estados americanos na luta contra a Apple

Os novos estados a compor o processo civil do USDOJ na luta contra o abuso de posição dominante da Apple no mercado de smartphones são: Indiana, Massachusetts, Nevada e Washington.

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CNMC avalia novas medidas para limitar depósitos em plataformas de jogo

  • O Ministério introduz um sistema voluntário de limites de depósito por jogador e aplicável a todos os operadores.
  • A CNMC considera que o regulamento não apresenta restrições injustificadas à concorrência.
  • No entanto, alerta que pode desestimular a mudança de operador e aumentar a concentração de mercado, por isso deve ser avaliada continuamente.

Ver Clipping da Concorrência 14.06.2024

O CNMC autorizou quatro operações de concentração em maio

Duas operações foram aprovadas na primeira fase sem compromissos, enquanto as outras duas foram aprovadas com compromissos: uma na primeira fase e outra na segunda fase.

Ver Clipping da Concorrência 12.06.2024

A Comissão envia uma comunicação de objeções à Alchem sobre o primeiro caso de cartel farmacêutico na UE

A Comissão Europeia informou a Alchem International Pvt. Ltd. e a sua filial Alchem International (H.K.) Limitada (conjuntamente «Alchem») da sua opinião preliminar de que violaram as regras antitrust da UE ao participarem num cartel de longa duração relativo a um importante produto farmacêutico.

Ver Clipping da Concorrência 14.06.2024

Comissão insta a República Checa a melhorar a concorrência na organização da recolha e valorização de resíduos no setor das embalagens

A Comissão Europeia informou a República Checa de que as medidas que nomeiam a EKO-KOM como a única empresa autorizada para a recolha e valorização de resíduos de embalagens há mais de duas décadas podem violar as regras de concorrência da UE.

Ver Clipping da Concorrência 12.06.2024

Estações de carregamento para veículos elétricos: AMF emite parecer

Embora a União Europeia tenha estabelecido o objetivo de alcançar a neutralidade climática até 2050, o setor dos transportes deve evoluir para reduzir o seu impacto no ambiente. Como tal, a implantação de infraestruturas de carregamento de veículos elétricos (“EVCI”), os seus preços e o desenvolvimento de serviços associados são elementos-chave na trajetória de descarbonização do setor dos transportes. O contrato estratégico para o setor automóvel inclui uma meta de 400 mil pontos de carregamento acessíveis ao público até 2030, em comparação com 100 mil em 2023.

Ver Clipping da Concorrência 11.06.2024

01.06.2024

Apresentação

O informativo Concorrência pelo Mundo é publicado aos sábados e reúne as noticias das principais autoridades de defesa da concorrência do mundo (CADE, FTC, USDOJ, CMA etc).

Brasil

Cade apresenta contribuições ao projeto de lei que trata de inteligência artificial

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apresentou uma contribuição ao substitutivo do Projeto de Lei 2338/2023, que tramita na Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial no Brasil (CTIA) do Senado Federal. O documento foi encaminhado a pedido do relator do substitutivo, senador Eduardo Gomes (PL-TO).

Ver Clipping da Concorrência – 27.05.2024

Internacional

Aprovação do Regulamento de Execução do Programa de Leniência

Após processo de consulta pública iniciado em março deste ano, entra em vigor a versão final do regulamento para implementação do Programa de Leniência criado pelo Capítulo VIII da Lei 27.442.

O regulamento especifica as etapas, o procedimento e os requisitos que devem ser atendidos por uma pessoa física ou jurídica que tenha incorrido, ou esteja incorrendo, em uma das condutas elencadas no artigo 2º da Lei 27.442 de Defesa da Concorrência (LDC) para se valer e obter o benefício da exoneração ou redução da pena correspondente, conforme previsto nos artigos 60 e 61 do LDC e seus regulamentos complementares.

Ver Clipping da Concorrência – 29.05.2024

A CNMC supervisionará o desenvolvimento da inteligência artificial no Grupo de Alto Nível para a Lei dos Mercados Digitais da UE

  • As grandes plataformas online que operam com sistemas de inteligência artificial (IA) já devem cumprir a Lei dos Mercados Digitais.
  • Esta norma garante que as plataformas, ao atuarem como gatekeepers, não imponham condições injustas às empresas e aos utilizadores.
  • O Grupo trabalhará para contribuir para que a Lei dos Mercados Digitais seja aplicada de forma coordenada para mitigar os riscos da IA ​​e preservar a competitividade e a inovação.
  • Publicou uma declaração sobre IA e concordou em criar um subgrupo de trabalho dedicado a esta questão.
  • É composto pelos reguladores europeus da concorrência, das telecomunicações, do audiovisual, da proteção de dados e do consumidor.

Ver Clipping da Concorrência – 28.05.2024

AdC acusa grupo multinacional de consultoria tecnológica de práticas anticoncorrenciais no mercado de trabalho

A Autoridade da Concorrência (AdC) da Argentina está investigando comportamentos anticoncorrenciais no mercado de trabalho praticados por um grupo multinacional da área da consultoria tecnológica, no período entre 2014 e 2021.

De acordo com a Adc, várias empresas teriam celebrado acordos de não-contratação ou de “no-poach”.

Os acordos de não-contratação ou de “no-poach” consistem em acordos através dos quais as empresas se comprometem a não contratar ou efetuar propostas espontâneas aos trabalhadores das empresas com quem estabeleceram o acordo. A prática de “no-poach” é proibida pela Lei de Defesa da Concorrência, uma vez que limita a autonomia das empresas na definição de condições comerciais estratégicas, neste caso, a política de contratação de recursos humanos, podendo verificar-se em qualquer setor de atividade.

Ver Clipping da Concorrência – 28.05.2024

Consulta sobre orientação do regime de concorrência nos mercados digitais

A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido está com consulta aberta para o guia de concorrência nos mercados digitais.

Saiba mais sobre a consulta e como responder.

Ver Clipping da Concorrência – 27.05.2024

Investigação sobre o uso de dados pela Meta (antigo Facebook)

A CMA investiga os aspectos anticoncorrenciais do uso de dados pela meta obtidos por meio de publicidade digital.

Ver Clipping da Concorrência – 27.05.2024

Investigação sobre suspeita de conduta anticompetitiva do Google em tecnologia de anúncios

A CMA está investigando se o Google abusou de sua posição dominante por meio de sua conduta em tecnologia de anúncios

Ver Clipping da Concorrência – 27.05.2024