O Ministro das Relações Exteriores do atual governo, Mauro Vieira, chegou neste domingo (17) na Cisjordânia e se reuniu com o chanceler palestino, Riyad al-Maliki e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas em meio a atual crise diplomática com Israel.

“Vou dizer de forma alta e clara: é ilegal e imoral retirar o acesso das pessoas à comida e à água. É ilegal e imoral atacar operações humanitárias e quem está buscando ajuda. É ilegal e imoral impedir os doentes e feridos de assistência de saúde. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais sagrados, cemitérios e abrigos”, afirmou o Ministro  em discurso na capital da Autoridade Palestina.

Segundo o Itamaraty, o Presidente da Autoridade Palestina agradeceu o empenho e amizade do Presidente Lula para com a causa de Gaza. Vale lembrar que ainda no mês passado, o Presidente Brasleiro foi declarado persona non grata por Israel após ter comparado o holocausto com a atual guerra entre Israel e Hamas.

No dia 18 de fevereiro, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a fala de Lula equivale a “cruzar uma linha vermelha”. “As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”.

Desde então, a crise diplomática entre Israel e Brasil tem ficado mais intensa. Para o chanceler palestino, Maliki, a atuação de Lula, ao descrever “a situação como ela é” foi elogiada e disse  que o presidente brasileiro foi um dos primeiros líderes “a agir em defesa dos civis desde a primeira hora”.

A visita de cinco dias ao Oriente Médio pelo representante brasileiro, incluiu reuniões na Jordânia, Líbano e Arábia Saudita. Vieira chegou à Cisjordânia procedente de Amã, na Jordânia. O ministro das Relações Exteriores voou direto para a capital jordaniana para não desembarcar em Israel.

Informações: Agência Brasil

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