Comissão avalia formação de consórcio entre empresas distribuidoras de gás de cozinha
Compartilhe Versão para impressão
25/05/2023 – 15:00
Pedro Ventura/Agência Brasília
Empresas consorciadas representam 60% do mercado de gás
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta terça-feira (30) para discutir os impactos do consórcio entre duas engarrafadoras e distribuidoras de gás liquefeito de petróleo, as empresas Supergasbrás e Ultragaz. O debate será realizado às 9h30, no plenário 14.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que pediu a audiência, disse que as empresas Ultragaz e Supergasbrás anunciaram a formação de um consórcio para compartilhamento de suas operações e de sua infraestrutura de armazenamento e envase de gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha.
“Uma das principais críticas é que tal operação compartilhada dos parques industriais poderia resultar em uma concentração de 60% no mercado nacional de fornecimento de gás de cozinha”, disse o deputado.
Concorrência
Segundo Zarattini, embora a atual proposta de compartilhamento não envolva transação acionária entre as empresas, que seguiriam concorrendo entre si, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda está analisando o caso como um possível ato de concentração.
“No entendimento de especialistas e de empresas concorrentes no mercado, ainda que sem troca de ações e com outra nomenclatura, o desenho da operação compartilhada traz efeitos semelhantes ao de uma fusão – como a redução da assimetria de custos e de informação entre as empresas, a movimentação coordenada de expansão e retração de oferta entre as empresas, e maior assimetria entre as duas e as concorrentes, ampliando as barreiras de entrada nesse mercado”, observou Zarattini.
Debatedores
Confirmaram presença no debate:
- o superintendente de Defesa da Concorrência da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Luis Eduardo Esteves;
- o superintendente de Distribuição e Logística da Agência Nacional do Petróleo, Diogo Valério;
- o diretor de Relações Institucionais e Contratos da Supergasbrás, Ricardo Tonietto;
- a diretora Jurídica e Institucional da Ultragaz, Fabiana Ricardo Molina;
- o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Ultragaz, Aurélio Antônio Mendes Ferreira;
- o vice-pesidente de Operações e Estratégia da empresa Copa Energia, Pedro João Zahran Turqueto;
- o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo (Fetramico), Leonardo Luiz de Freitas;
- o coordenador do Departamento de Estudos Econômicos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Ricardo Medeiros de Castro;
- o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Rio Grande do Sul, Ângelo Carlos Martins e Silva;
- o presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio de Derivados de Petróleo no Estado de São Paulo (Fepetro) Valter Adalberto; e
- o presidente do Sindicato do Comércio Varejista Transportador e Revendedor de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado de São Paulo, Rodney de Carvalho Ribeiro.
- Veja mais informações sobre a audiência pública
Da Redação – RS
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Frente Parlamentar Mista da Indústria defende marco fiscal e reforma tributária
No lançamento da frente, Alckmin diz que a reforma tributária está pronta para ser votada Compartilhe Versão para impressão
25/05/2023 – 14:07
Foi lançada nesta quarta-feira (24), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar Mista da Indústria, composta por 206 deputados e oito senadores. O grupo será coordenado pelo deputado José Rocha (União-BA), que defendeu o arcabouço fiscal e a reforma tributária (PECs 45/19 e 110/19) como medidas que podem ajudar na reindustrialização do País.
O parlamentar destacou a importância estratégica da indústria para a economia. Segundo ele, para cada R$ 1 produzido pela indústria, outros R$ 2,5 entram na economia. Ele destacou que, em 2022, o segmento foi responsável por cerca de 24% do PIB e respondeu por cerca de 70% da exportação brasileira de bens e serviços, citando dados do Portal da Indústria. Rocha acredita que esses números podem ser ainda maiores, lembrando que, na década de 80 o setor chegou a ser responsável por 48% do PIB no País.
“A adoção da política de políticas públicas é decisiva para o avanço industrial do Brasil e cabe ao Congresso Nacional contribuir com essa recuperação e com a construção de um ambiente mais favorável ao desenvolvimento do setor por meio de implementação de medidas que incentivam os investimentos em pesquisa e inovação”, disse Rocha.
MyKe Sena/Câmara dos Deputados
José Rocha: avanço da indústria depende de políticas públicas
Reforma madura
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, participou do lançamento e afirmou que vai trabalhar em conjunto com a frente pela recuperação da indústria e para construir uma proposta de política industrial. Segundo ele, nas últimas décadas, o Brasil passou por uma desindustrialização forte e precoce. Agora, continua Alckmin, é preciso agir no que causa essa desindustrialização.
Para o vice-presidente, três elementos são fundamentais: câmbio, imposto e juros. Ele considera que o câmbio está competitivo mas que os juros precisam cair. O que deve acontecer, em sua opinião, com a aprovação pela Câmara do projeto do arcabouço fiscal nesta semana.
Sobre os impostos, Alckmin disse que a indústria está “supertributada” e defendeu a aprovação urgente pelo Congresso da reforma tributária, para reduzir o chamado Custo Brasil, simplificar o sistema (transformando cinco impostos em apenas um) e estimular a exportação.
“Nós estamos muito otimistas de que novamente a Câmara e o Senado darão uma resposta importante. [A reforma] está muito madura, debatida, discutida e vai se acertando nos ajustes para poder a gente trazer também o agro, que vai ser muito beneficiado pela exportação, e de outro lado os serviços”, disse o vice-presidente. “O importante é um imposto. Nós precisamos ter mais de uma alíquota. Você pode ter mais de uma alíquota, como é na União Europeia”, completou.
MyKe Sena/Câmara dos Deputados
Pereira defendeu a reforma tributária, que ele considera “mãe de todas as reformas”
Apoio à pauta
Vice-presidente da Câmara e do Congresso, o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) manifestou seu apoio à pauta da indústria, que, na visão dele, é a pauta do desenvolvimento e do crescimento econômico. “Passado o arcabouço fiscal, agora a nossa pauta é a reforma tributária, que é a mãe de todas as reformas”, destacou.
Vice-presidente da frente, o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) também disse que o Congresso firma, com a frente, compromisso com a agenda legislativa da indústria, diante da importância do segmento. “Um setor que representa mais de 22% do PIB, 300 mil indústrias, gera mais de 10 milhões de empregos”, contabilizou. “Nós temos um grande potencial para fazer com que a indústria possa crescer, num processo não só de reindustrialização, mas de neoindustrialização”, acrescentou.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, também participou do lançamento e afirmou que a entidade trabalhará em conjunto com a frente para contribuir com projetos de interesse do segmento e para a retomada da economia. https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/industria-no-brasil/index.html
Reportagem – Lara Haje
Edição – Natalia Doederlein
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Seminário discute demarcação de terras indígenas e impacto da mineração nessas áreas
O evento também vai debater o risco que barragens podem acarretar para os povos que moram perto delas Compartilhe Versão para impressão
25/05/2023 – 12:52
Lucas Hallel/Funai
Indígenas da tribo Pataxó Nao Xohã observam o rio Paraopeba, contaminado por lama tóxica
A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados promove na próxima terça-feira (30) um seminário sobre os impactos da mineração nos territórios indígenas. O evento foi proposto pela presidente do colegiado, deputada Célia Xakriabá (Psol-MG).
Os especialistas convidados farão um panorama do garimpo no Brasil e discutirão o marco temporal para a demarcação de novos territórios indígenas.
A tese do marco temporal defende que só teriam direitos sobre as terras os indígenas que já as ocupassem no dia 5 de outubro de 1988 – data da promulgação da Constituição.
O assunto está em julgamento Supremo Tribunal Federal (STF) e em discussão na Câmara. Nesta quarta-feira (24), os deputados aprovaram um requerimento de urgência para votar um projeto de lei sobre o tema (PL 490/07).
Célia Xakriabá criticou a aprovação da urgência já que o julgamento da questão no STF está marcado para o próximo dia 7 de junho. “A caneta tem assassinado os nossos direitos. Não se trata de uma pauta partidária, mas humanitária”, afirmou.
O relator do PL 490/07, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), no entanto, defendeu a proposta. “É um dos mais importantes temas para o Brasil, para o Parlamento, para a paz no campo”, afirmou.
Barragens
O seminário também vai discutir o risco que as barragens representam para os povos indígenas. Em 2015, quando a barragem do Fundão, em Mariana (MG), se rompeu matou 19 pessoas e contaminou o Rio Doce, prejudicando pescadores e indígenas que moram na região.
Em 2019, ocorreu situação semelhante. A barragem de mineração da Vale em Brumadinho (MG) se rompeu, deixando mais de 270 mortos, contaminando o rio Paraopeba, afluente do São Francisco, e atingindo a aldeia Pataxó Nao Xohã.
O seminário será realizado no auditório Nereu Ramos, a partir das 9 horas.
Da Redação – ND
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Comissão da MP do Mais Médicos analisa relatório na terça-feira
Compartilhe este conteúdo no Whatsapp Compartilhe este conteúdo no Facebook Compartilhe este conteúdo no Twitter Compartilhe este conteúdo no Telegram Compartilhe este conteúdo no Linkedin
Da Agência Senado | 26/05/2023, 09h34
Zenaide é a relatora da MP
Waldemir Barreto/Agência Senado
A comissão mista que analisa a medida provisória da retomada do Programa Mais Médicos (MP 1.165/2023) fará reunião nesta terça-feira (30), às 14h30, para apresentação do relatório final.
O parecer será apresentado pela senadora Zenaide Maia (PSD-RN). A MP institui a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde no âmbito do Programa Mais Médicos. Com o texto, o governo busca criar incentivos para a capacitação de médicos em atenção primária à saúde com o objetivo de fortalecer a presença desses profissionais em regiões de difícil acesso
Durante a tramitação do texto, a comissão realizou quatro audiências públicas com o objetivo de buscar esclarecer dúvidas dos congressistas em relação à revalidação de diplomas médicos adquiridos no exterior, incentivos para permanência desses profissionais no interior, além dos pontos gerais que caracterizam a reformulação do programa. Foram apresentadas 259 emendas ao texto.
A medida provisória insere algumas alterações na Lei 12.871, de 2013, que criou o Programa Mais Médicos. Com objetivo de estimular a permanência dos profissionais, a MP prevê o pagamento de uma indenização adicional para quem ficar por 48 meses ininterruptos no programa.
Outra diferença em relação à lei em vigor é o pagamento de uma complementação, por seis meses, para as médicas ligadas ao programa que entrarem em licença-maternidade e passarem a receber o auxílio do INSS. No caso dos médicos, a licença-paternidade será de 20 dias.
Médicos formados com a ajuda do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e que participarem do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade por 24 meses ininterruptos, obtendo o título de especialistas, receberão uma indenização equivalente ao valor do seu saldo devedor no Fies no momento de ingresso no programa de residência. Outro incentivo é a oferta de especialização e mestrado a todos os profissionais atuando no programa, em cursos com duração total de até quatro anos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
Pacheco prorroga por 60 dias vigência de três medidas provisórias
Compartilhe este conteúdo no Whatsapp Compartilhe este conteúdo no Facebook Compartilhe este conteúdo no Twitter Compartilhe este conteúdo no Telegram Compartilhe este conteúdo no Linkedin
Da Agência Senado | 26/05/2023, 09h16
Roque de Sá/Agência Senado
Proposições legislativas
O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, prorrogou por 60 dias a vigência de três medidas provisórias. Estão nessa lista a MP 1.167/2023, que prorroga até 30 de dezembro deste ano a validade de leis sobre licitações e a MP 1.168/2023 que liberou R$ 640 milhões para cinco ministérios. Do total, R$ 513,3 milhões foram destinados a ações em defesa dos povos indígenas ― como demarcação de terras, distribuição de alimentos, segurança e saúde.
Também prorrogada, a MP 1.169/2023 abriu crédito extraordinário de R$ 24 milhões para que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome eleve os recursos do programa Inclusão Produtiva Rural. Os recursos foram remanejados dentro do próprio ministério e o objetivo é atender cerca de dez mil famílias de pequenos produtores que foram atingidas pela estiagem no Rio Grande do Sul.
Das três medidas provisórias, apenas a MP 1.169/2023 ainda não teve comissão mista instalada.
Com a decisão, o Congresso tem mais 60 dias para a análise dos textos, podendo aprová-las, rejeitá-las ou modificá-las.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado