Amazon promete reforçar combate a avaliações falsas após investigação no Reino Unido

Autoridade britânica cobra mais responsabilidade das plataformas digitais
Amazon promete reforçar combate a avaliações falsas após investigação no Reino Unido
CMA cobra da Amazon ações mais firmes contra avaliações falsas em sua plataforma. Imagem: Amazon

Brasília, 9 de junho de 2025

A Amazon assumiu um compromisso formal com a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) para reforçar suas medidas contra avaliações falsas de produtos em seu site britânico. O acordo é resultado de uma investigação iniciada pelo órgão regulador para apurar se grandes plataformas online estão protegendo adequadamente os consumidores contra práticas enganosas.

Segundo a CMA, a gigante do comércio eletrônico concordou em aprimorar seus sistemas de detecção e remoção de avaliações fraudulentas. O compromisso prevê, ainda, a aplicação de sanções a usuários que publicarem resenhas falsas e a vendedores que tentarem manipular a reputação de seus produtos. Entre as penalidades está a possibilidade de banimento da plataforma.

Foco no combate ao “abuso de catálogo” e confiança do consumidor 

Uma das práticas abordadas no acordo é o chamado “abuso de catálogo” — técnica usada por vendedores para inflar artificialmente a reputação de um item ao vincular a ele avaliações positivas de produtos diferentes. A estratégia, segundo o órgão britânico, pode confundir os consumidores e influenciar suas decisões de compra de forma indevida.

Para a diretora-executiva da CMA, Sarah Cardell, o reforço das medidas pela Amazon é essencial para garantir a confiança dos consumidores. 

“Avaliações e classificações têm grande influência sobre as escolhas [dos compradores]. É por isso que esses novos compromissos são importantes e ajudam a definir o padrão. Eles significam que as pessoas podem tomar decisões com mais confiança – sabendo que aqueles que tentam enganá-las serão rapidamente punidos”, afirmou.

Investigação ampliada no setor e “tolerância zero” por parte da Amazon

A investigação contra a Amazon e o Google foi aberta em 2021, no contexto do crescimento acelerado do comércio eletrônico durante a pandemia. Em janeiro de 2025, o Google também firmou compromisso semelhante com a CMA. A autoridade britânica segue monitorando o setor de avaliações online e, na nova fase do inquérito, examinará o comportamento de outras plataformas e empresas que se beneficiam desse tipo de publicidade.

Em resposta ao acordo, a Amazon declarou que tem “tolerância zero” com avaliações falsas e que as novas medidas se somam aos mecanismos já existentes. A empresa destacou investimentos em investigadores especializados e em tecnologias de aprendizado de máquina, que analisam milhares de dados para identificar conteúdos suspeitos antes mesmo de serem publicados.

Fonte: ABC News

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