Editorial

A era dos combustíveis fósseis está com os dias contados mesmo, pelo menos é o que se tem observado com o aumento de demanda por carros elétricos mundo afora. No Brasil, este movimento não é diferente, pois quase 20 mil carros elétricos foram vendidos no ano de 2023.

Vamos às compras!!! Sim? Não?

Parece que sim!! Muitos brasileiros já foram as compras. Não é incomum vermos BMWs, Audis e mini-coopers elétricos rodando pelas principais cidades deste Brasil, o que é muito bom para a sustentabilidade ambiental do nosso país.

É fato, o carro elétrico é uma grande solução para o equilíbrio ambiental do mundo e para o Brasil.

Parece muito boa a solução, não é mesmo?

Sim e não!!

É verdade que a matriz energética do Brasil é a mais limpa, o que faz com que a emissão de CO2 por aqui com a adoção dos carros elétricos seja a mais baixa do mundo, principalmente quando comparada com a emissão de CO2 na Europa por estes veículos.

Esta é, sem dúvidas, uma grande vantagem.

Mas nem tudo são flores. É preciso lembrar que a energia elétrica como combustível para o mercado automotivo é um concorrente direto do nosso etanol e que detemos tecnologia consolidada tanto na produção do produto quanto na utilização deste combustível na nossa frota automotiva.

Ao mesmo tempo que podemos tirar partido da vantagem comparativa que temos na produção de energia elétrica, também podemos vender a tecnologia do combustível etanol pelo mundo afora e ainda mais que compensar as emissões de CO2 causadas pela combustão do etanol com a ampliação do plantio da cana-de-açúcar.

O Brasil está diante de uma oportunidade ímpar. Temos tecnologia, infraestrutura e experiência com o etanol e, também temos a matriz energética mais limpa do mundo. A combinação destes dois insumos para a nossa frota automotiva é uma solução inteligente, basta não cair no canto da sereia do carro elétrico das grandes montadoras mundiais.

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