Editorial

O dia 31 de março de 1964 deve ser sempre lembrado e perpetrado pelas novas gerações, não como um período de júbilo, mas sim como uma “página infeliz da nossa história”, da memorável música “A Banda” de Chico Buarque.

Quem não viveu não conheceu os horrores da ditadura militar e se conheceu, o conheceu somente pela história.

Ah… a história, matéria tão fundamental, mas tão negligenciada nessa nossa terra de Santa Cruz. O povo que não conhece a história comete erros do passado mas, pior é o povo que a conhece mal contada, equivocada e obnubilada, pois entende os erros do passado como verdade, a sua verdade.

E aí meu amigo, o que temos não é nada além da barbárie, nada muito longe daquilo que vimos no dia 08 de janeiro de 2023, quando grupos e mais grupos de pessoas depredaram o patrimônio público, atacaram de forma vil os Poder constituídos do Brasil e clamaram a plenos pulmões pela intervenção militar.

Aqui nos auxiliamos novamente da música de Chico Buarque. O que aconteceu neste fatídico domingo ensolarado em Brasília foi um sono profundo da “nossa pátria mãe tão distraída”, que “sem perceber que era subtraída” quase retornou aos tempos de chumbo.

 Não podemos deixar que a “Página infeliz da nossa história” seja uma “Passagem desbotada na memória das nossas novas gerações”.

Nada para comemorar, tudo para nunca esquecer!!!

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