Delta e Korean Air compram 25% da WestJet por US$ 550 milhões

Acordo envolve também participação futura da Air France-KLM
Delta e Korean Air compram 25% da WestJet por US$ 550 milhões
Negócio de US$ 550 milhões une WestJet a gigantes da aviação global e sinaliza expansão estratégica no setor aéreo. Imagem: WestJet/Vincenzo Pace

Brasília, 13 de maio de 2025

As companhias aéreas Delta Air Lines e Korean Air anunciaram na última sexta-feira (9) a aquisição conjunta de uma participação de 25% na canadense WestJet, atualmente controlada pela firma de investimentos Onex. A transação totaliza US$ 550 milhões (cerca de 766,8 milhões de dólares canadenses), segundo noticiou a CBC News.

Fundada em 1996, a WestJet é hoje a segunda maior companhia aérea do Canadá, ficando atrás apenas da Air Canada. Com sede em Calgary, a empresa opera centenas de voos diários e transporta dezenas de milhares de passageiros, sendo peça-chave no mercado aéreo norte-americano.

Detalhes do acordo e reforço das parcerias internacionais

A Delta ficará com 15% da companhia aérea de Calgary, pagando US$ 330 milhões. Já a Korean Air adquiriu uma fatia de 10%, por US$ 220 milhões. Após a conclusão do negócio, a Delta deve repassar 2,3% de sua parte à parceira Air France-KLM por US$ 50 milhões.

As três empresas — Delta, Korean Air e Air France-KLM — fazem parte da aliança SkyTeam e já mantinham relações comerciais com a WestJet há mais de uma década. “Investir em uma parceira de classe mundial como a WestJet garante que continuemos comprometidos com uma rede global de excelência para os viajantes dos EUA e Canadá”, afirmou Ed Bastian, CEO da Delta.

Walter Cho, presidente da Korean Air e do grupo Hanjin, destacou que a aliança estratégica permitirá ampliar a rede internacional e oferecer mais opções e conveniência aos clientes.

Controle canadense é mantido, mas efeitos para consumidores ainda são incertos

Apesar do novo arranjo acionário, a Onex seguirá como acionista majoritária da WestJet, o que mantém a empresa sob controle canadense — uma exigência da legislação do país. Para o especialista Geoffrey White, do Public Interest Advocacy Centre, a mudança é mais financeira do que operacional, ao menos por ora.

White afirmou que as companhias envolvidas têm um bom histórico no atendimento ao cliente, mas ponderou que os efeitos da operação sobre os passageiros ainda não estão claros. “Resta saber se esse fortalecimento da companhia trará benefícios ao consumidor ou se virá acompanhado de aumento de tarifas”, comentou.

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