Brasília, 18 de março de 2025
Publicado em 18/03/2025, às 18h07
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) obteve uma ordem judicial para suspender as operações da empresa Click Profit, acusada de enganar consumidores ao prometer lucros elevados por meio de lojas online supostamente impulsionadas por inteligência artificial. Segundo a FTC, a empresa arrecadou pelo menos US$ 14 milhões de consumidores que buscavam uma fonte de renda passiva.
Promessas falsas e prejuízos milionários
A Click Profit promovia seu modelo de negócios como uma forma segura e garantida de obter renda, alegando que seus clientes poderiam vender produtos em plataformas como Amazon, Walmart e TikTok com a ajuda de um sistema exclusivo de IA. Além disso, a empresa afirmava falsamente ter parcerias com grandes marcas, como Nike e Disney, para atrair novos investidores.
Para participar do programa, consumidores eram cobrados em taxas iniciais de até US$ 45 mil, além de valores adicionais para suposta compra de estoque. No entanto, a Comissão apontou que poucos participantes conseguiram recuperar o investimento, com muitos acumulando dívidas no cartão de crédito e ficando com produtos encalhados.
Pressão, ameaças e lojas bloqueadas

A investigação revelou que a Click Profit frequentemente atrasava a criação das lojas online de seus clientes, e, em muitos casos, essas lojas eram suspensas ou encerradas pelas plataformas de venda. Estima-se que cerca de 95% das lojas administradas pela empresa na Amazon tenham sido bloqueadas.
Além disso, quando consumidores tentavam recuperar seu dinheiro, a empresa se tornava inacessível e, em algumas ocasiões, ameaçava processar aqueles que faziam reclamações públicas. Segundo a FTC, alguns clientes só conseguiram reembolsos após recorrerem a órgãos de defesa do consumidor ou autoridades policiais.
Medidas judiciais e próxima fase do processo
A FTC processou os fundadores da Click Profit e outras empresas associadas por violações às leis de proteção ao consumidor, incluindo práticas enganosas e imposição de cláusulas ilegais de não difamação. A ação foi apresentada na Corte Distrital do Sul da Flórida, e a empresa foi proibida de continuar suas operações desde 5 de março de 2025. O caso seguirá para julgamento, e a Comissão pretende garantir que os consumidores prejudicados sejam indenizados.
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