Brasília, 05/03/2025 às 18h35 – Atualização 06/03/2025 às 08h13
A rede de supermercados Co-operative Group Limited (Co-op) reconheceu ter violado 107 vezes uma norma imposta para garantir a concorrência no setor varejista de alimentos no Reino Unido. A investigação foi conduzida pela Competition and Markets Authority (CMA), órgão antitruste britânico.
O problema estava na Groceries Market Investigation (Controlled Land) Order 2010, uma regra que proíbe redes de supermercados de firmarem acordos de terras anticompetitivos que impeçam a entrada de concorrentes em determinadas localidades. Essas restrições dificultam a abertura de novas lojas próximas, limitando as opções dos consumidores e mantendo preços artificialmente elevados.
Ajustes para cumprir as regras
Após a identificação das infrações, a Co-op revisou 104 acordos e se comprometeu a modificar os três restantes para estar completamente em conformidade.
Daniel Turnbull, Diretor Sênior de Mercados da CMA, ressaltou a importância da livre concorrência:
“Acordos restritivos dos nossos principais varejistas afetam a concorrência entre supermercados e impactam os consumidores que tentam obter as melhores ofertas. Sabemos que a Co-op fez um esforço considerável para alterar todos os seus acordos ilegais, já que esta Ordem está em vigor desde 2010. A Co-op e os outros varejistas designados devem garantir que farão a coisa certa por seus clientes no futuro.”
O caso da Co-op faz parte de um esforço contínuo da CMA para garantir o cumprimento das regras de concorrência no setor de supermercados no Reino Unido. Nos últimos anos, a entidade identificou violações similares em outras grandes redes:
- Tesco (2020) – 23 violações;
- Waitrose (2022) – 7 violações;
- Sainsbury’s (2023) – 18 violações;
- Asda (2023) – 14 violações;
- Morrisons (2023) – 55 violações;
- Marks & Spencer (2023) – 10 violações.
Além dessa ação, a CMA segue atenta ao setor alimentício do Reino Unido, com investigações sobre preços de programas de fidelidade e um estudo sobre fórmulas infantis, buscando garantir um mercado mais equilibrado e benéfico para os consumidores.
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